Também fiquei empolgado
Com a história da calcinha
Até segui o Benedito
E vi, de longe, a velhinha
Enxerguei, pela na janela,
O vulto de uma donzela
Não sei se era a fulaninha.
Quando falou o Almir Filho
Sobre o Varal e a Virilha
Diante de tanto interesse
Resolvi seguir sua trilha
Se fosse uma calcinha à toa
Ia ter tanta gente boa
Buscando sua partilha?
Pus-me, então, de atalaia
Junto a um e outro varal
Pastorei várias calcinhas
Esperando que afinal
A ninfeta aparecesse
E até um autógrafo desse
Prá minha glória total.
Mas Manezinho do Icó,
Descobridor da calcinha,
Não revela o local certo
Onde paira a gostosinha.
Quer ficar espiando só.
Não vai dar ponto sem nó
Diante da belezinha.
E eu, pra finalizar,
Aviso-lhes, sem receio,
Podem ficar com a calcinha
E o varal que entrou no meio
O que me motiva à beça
Na procura da tal peça
É somente o seu recheio.