Ao André de Curitiba,
Cujo apelido é Suco,
Para dar-lhe as boas vindas,
Deponho espada e trabuco,
Dou-lhe a mão sem geringonça,
Pois com vara curta a onça
Nem enjaulada eu cutuco.
Como eu não sou maluco,
Não mexo com quem está quieto,
Com as feras do cordel
Não me intrometo, exceto,
Se o cabra for amigo,
Então algo mais lhe digo,
Mas o faço com afeto.
Quem na vida for discreto,
Respeitando o semelhante,
Alcançará o sucesso
E alegria bastante,
Nunca estará sozinho
Ao percorrer seu caminho
Para prosseguir adiante.
Siga em frente confiante,
Jamais emudeça a voz,
Com críticas construtivas,
Vencerá qualquer algoz,
Mas seja humilde na glória
E os louros da vitória
Colherá logo após.
Bem-vindo cá entre nós,
Pois fará boa figura
Ao escrever suas obras
Com toda desenvoltura,
Parabenizo-lhe, então,
Por sua contribuição
Para com nossa cultura.
Cordel é literatura
Que no verso se completa;
No universo da poesia
A inspiração ninguém veta,
Que os céus lhe dê bom clima
Para fazer bela rima
E cumprir a sua meta.
O mister de um poeta
Só com a morte se finda,
Eu já li um cordel seu
E lerei outros ainda,
Então tenha boa musa,
Dê um abraço no Fiúza
Que anunciou sua vinda.