GÊNESIS III – A Arca de Noé
(por Domingos Oliveira Medeiros)
Os homens cresceram e se multiplicaram
Milhares de semelhantes foram gerados
Mulheres de carne, despertaram desejos
Criaram a mentira e mais outros pecados
E assim Deus determina que o homem é mortal
Pecados da luxúria e pecado capital
De todos os homens que por Deus foram criados
Vendo Deus toda podridão que ali reinava
Entre os seres, obras de Sua inteira criação
Arrependeu-se de ter criado o homem
E resolveu assim tomar a grande decisão
Pois a terra estava agora bem corrompida
E não fazia mais sentido qualquer vida
Deus chamou Noé para a conhecida missão
Mandou construir uma arca de madeira
Medindo trezentos côvados de comprido
Com cinqüenta de largo por trinta do alto
Com três andares de espaço bem medido
A construção de madeira assim surgia
No pressuposto de acabar com aquela orgia
Da Sua criação que se havia perdido
Assim foi feito e a missão foi logo cumprida
Deus então fez ciente a Sua intenção
Mandaria à terra um grande dilúvio
Quarenta dias e noites de duração
Para que perecessem todos os viventes
Considerados pecadores e doentes
Que não tivessem mais as chances de salvação
E determinou que na Arca só entrassem
Noé e sua família, seus entes queridos
Com casais de sete machos e sete fêmeas
De vários animais e aves escolhidos
Protegidos e guardados na embarcação
Assim esperaram pela grande decisão
Que lhes trariam muitos anos bem vividos
E no ano seiscentos da vida de Noé
No dia dezessete do sétimo mês que se acabou
Romperam-se abismos e cataratas
Caindo a chuva que à terra logo inundou
Guardados da chuva e muito bem agasalhados
Os escolhidos por Deus, eternos e amados
Com esperanças, uma nova vida recomeçou
Toda a carne que foi deixada lá de fora
Tão logo o por do sol e o amanhecer do dia
Pereceu e se fez morte e foi embora
Tudo que é ser e animal que se movia
Ficando somente Noé e os convidados
Que por Deus foram prontamente abençoados
E assim, o verdadeiro amor renascia
Domingos Oliveira Medeiros
Revisto e atualizado em 03 de julho de 2003