Usina de Letras
Usina de Letras
10 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63264 )
Cartas ( 21350)
Contos (13302)
Cordel (10360)
Crônicas (22579)
Discursos (3249)
Ensaios - (10693)
Erótico (13594)
Frases (51787)
Humor (20180)
Infantil (5606)
Infanto Juvenil (4954)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1387)
Poesias (141323)
Redação (3357)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2442)
Textos Jurídicos (1966)
Textos Religiosos/Sermões (6359)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cordel-->A vaca Atlântica -- 11/06/2003 - 22:04 (Airam Ribeiro) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Literatura de cordel


A vaca atlântica

Vaca atlântica?
Sim, na minha região.
Agora tem este nome
Devido a devastação.
A mata virou capim
Estou chamando assim
Virou árvore o colonião.

Derrubaram toda a mata
Causando a destruição
Todas as madeiras de lei
Ficaram em extinção
Não sei pra onde foi
Preocuparam com o boi
Jogando capim no chão.

Quicuia virou madeira
De folhas pra boi comer
Colonião faz virar leite
Depois que a vaca remoer
É leite é carne de vaca
Atlântica não é mata
Aqui é o que a gente vê.

Vaca atlântica
Na fazenda faz muuu
Não ouço cantar dos pássaros
Em quase todo extremo sul
A passarada foi embora
É triste ver a aurora
Raiando no céu azul.

Longe a perder de vista
Onde a cerca faz a fronteira
Árvore, não tem não senhor!
Agora a mata é rasteira
Está toda no capim
Por isso eu chamo assim
Sem arrepender da besteira.

Quando chega o verão
Que o sol começa a queimar
O gado sofre com o calor
Sem ter uma sombra pra ficar
Nem uma longe aparece
As árvores não crescem
De tanto o peão cortar.

A cada dia que passa
A vaca atlântica cresce
Atrapalha até a nascente
Que lá na manga padece
O sol tudo queimando
Ela então vai secando
É isso o que acontece.

Lá nas terras de Neco
E nas de Yôyôzim
A vaca atlântica cresce
De tanto plantar capim
Nas terras de Gedeon
É tocado no mesmo tom
Dessa música sem fim.

Também nas de Quaresminha
E de Arlindo Pinheiro
Uma parte é pedra
A outra é capim rasteiro
Braquiaria, colonião
Quicuia, todos no chão
Tem na mata do fazendeiro.

A vaca briga com a mata
Pra sorrir o fazendeiro
Que não pensa no ar puro
Mas que pensa no dinheiro
Mata aqui na região
Na na nin nã não
É gado de corte e leiteiro!

Airam Ribeiro
10/06/03
E-mail airamribeiro@zipmail.com.br
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui