Existe uma condição
Para no céu se entrar
E o Pedro é exigente
Não deixa nada passar
Não é nada aleatório
Pois existe purgatório
Onde tem alma a penar
Chega lá um Americano
E São Pedro muito puro
Pergunta na ocasião
O que é mole e fica duro
Nas mãos de uma mulher?
Não é heresia qualquer
Pois no céu não entra burro
O gringo bem pensativo
Pra não cometer disparate
Disse para aquele santo
Ele evita o desgaste
Para ser mais atrativa
E ter sua comitiva
Ela faz uso do esmalte
Em seguida um Italiano
Que era um pouco debochado
Tinha chegado a hora
De ser ou não aprovado
Você sabe onde é?
Que o cabelo da mulher
É bem mais enrolado?
A resposta logo vem
Isso talvez pela prática
E ufano ele diz
Não te valeu essa tática
Eu sou bom de spaguetti
Mas não rejeito um mineti
Mas isso aí, lá na África !
Chega então um Alemão
Com pele quase amarela
Começa por B, termina com A
Tem seis letras, não é trela
É perigo para insones
Noventa por cento dos homens
Só vivem pensando nela?
O Alemão com maestria
Botou as cartas na mesa
Tinha ganhado a rodada
E falou sem incerteza
Em tudo na vida se mira
Mas o que o homem admira
Na mulher, é a beleza
Vem chegando um Francês
E a pergunta agora é
O que há no meio das pernas
Dessa ou daquela mulher?
- Isso é Circo de Horror?
Fosse membro inferior
Eu ti diria Mané!
Em francês Cur(cu) é pescoço
E na mão eu tenho artelho
Eu na vida levei chifre
Tenho dor de cotovelo
Usei maconha e haxixe
Mas pelo que você disse
Só pode ser o joelho
O Inglês chega na hora
Não iria dar patada
O que a mulher solteira tem
Mais estreita que a casada?
-Eu conheço muita dama
Não fui de andar pela zona
Por certo não é a estrada
E te respondo My Lorde
Nunca fui ao Atacama
Nem sei bem onde ele é
A pergunta é um drama
Se fosse a abertura
Tinha de haver ditadura
Eu te digo, é a cama
São Pedro bem satisfeito
A todos absorveu
Entrariam alí no céu
Com a graça de Deus
Aparece um derradeiro
Nordestino, brasileiro
Daqueles, que Pedro esqueceu
Humilhado e cabisbaixo
Foi dali se retirando
E andando devagar
Ninguém o estava notando
Entre o céu e o inferno
Não conhecia o inverno
Só via poço secando
Seu pensamento correto
Formado em grande cursinho
Não iria ser testado
Motivo, eu já adivinho
Era um cabra da peste
Mas não enfrentava o teste
Pois antes errara tudinho
