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Cordel-->À Sua Excelência, LULA -- 17/02/2003 - 23:00 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Á Sua Excelência, LULA
(por Domingos Oliveira Medeiros)

Reitero pronunciamento
Sobre a nossa Previdência
E peço desculpa ao senhor
Por mais esta insistência
Pra retornar com a questão
Onde só tem confusão
Tá faltando competência

Sei que não de sua parte
Pois conheço o seu passado
E disso não abro mão
Mas vai aqui um recado
Tem gente com muita pressa
A quem pouco interessa
A questão do aposentado

Com a promessa de mudança
O senhor foi bem votado
Assumiu com a esperança
De mudar nosso passado
Todos nós acreditamos
E a esperar agora estamos
Por qualquer bom resultado

Até um prazo nós demos
Que aliás nem foi vencido
Mas a cobrança se explica
Diante do ocorrido
As primeiras providências
Cheias de imprevidências
Não fazem qualquer sentido

Primeiro o ponto maior
Que pra mim foi distorcido
Não cabe culpar servidor
Pelo déficit contraído
Se há rombo no sistema
E esse é o grande dilema
O governo é o inquirido

O rombo da Previdência
Tem causa subjacente
Que deve ser informada
E não enganar a gente
Dizendo que os servidores
Do déficit são causadores
Assim não há quem agüente


Todo dia na imprensa
O assunto é mal cuidado
Na aposentadoria integral
Nenhum tostão é roubado
Não sei porque a insistência
Pois o rombo da previdência
Está bem do outro lado

A União não repassa
A contribuição recolhida
Que é paga de forma total
Da remuneração recebida
Desviando esse recurso
Dá uma de amigo urso
E de mal agradecida

Lei é feita no Congresso
Sanciona o Presidente
Servidor paga o que deve
A culpa não é da gente
Se há roubo e corrupção
Cabe ao governo a missão
Mostrar que é competente

Fiscalizando com rigor
Toda a arrecadação
Cobrando dos devedores
Prendendo quem for ladrão
E não ficar dessa forma
Dizendo que a reforma
É crucial pra Nação

Que ela irá ajudar
Retomando o crescimento
Conseguindo mais recursos
Para o desenvolvimento
Sem fechar esse buraco
Que existe nesse saco
Só vai haver mais lamento

E pra fechar esse buraco
Há muito tempo passado
O governo poderia
Ter o seu Fundo criado
Para capitalização
De tod’ arrecadação
Que tirou do aposentado

E poderia o governo
Também explicar, afinal
Que foi feito da receita
Do seguro social
De toda a contribuição
Essa é a grande questão
De cada empresa local

Muitos bilhões do Confins
Basta o exemplo citado
Se o Estado contribuísse
Com o que foi arrecadado
O déficit não existiria
A conta de pronto batia
Era outro o resultado

São situações diferentes
Não precisa ir ao colégio
A aposentadoria integral
Nunca foi um privilégio
Ao servidor é garantida
Com base na contrapartida
Não é nenhum sacrilégio

O servidor participa
Com o desconto integral
De tudo que ele recebe
O que me parece normal.
Na iniciativa privada
A contribuição é limitada
E o desconto é parcial

Se o governo quisesse
Reformar pra melhorar
Que se iguale o sistema
E todos passem a pagar
Sem limite de imposição
Melhorando a arrecadação
Vão melhor se aposentar

O que não pode é o governo
Por falta de administração
Tentar se justificar
Apontando outro ladrão
Que rouba a Previdência
Ponha a mão na consciência
E responda a indagação

Limitar tudo por baixo
Privatizando a Previdência
O governo só dá provas
De total incompetência
Qualquer empresa privada
Toparia essa parada
Pois é questão de gerência

Por isso meu Presidente
Não entre nessa gelada
Mantenha seu compromisso
Com a classe assalariada
Discuta bem o problema
Detalhe todo o dilema
Não deixe a turma enganada

Há pontos nessa reforma
Ferindo a Constituição
Há direitos adquiridos
Não cabe contestação
Quem está dentro vai embora
Quem já foi fica de fora
Quem vai pagar é o povão

A Reforma da Previdência
Não é o cerne da questão
Com a economia parada
Menor é a contribuição
O desemprego é imenso
Isso já é consenso
Não há que haver discussão

E os poucos que trabalham
Não têm carteira assinada
Na economia informal
Não contribuem com nada
O problema é bem diferente
A culpa não é da gente
Se a coisa anda mal

A saída é pelos fundos
Uma nação endividada
Nesse ciclo vicioso
Fica de mão amarrada
Só tem um jeito agora
Parar com o juro de mora
Ter a dívida alongada

Sair dessa embromação
Criar nossa própria riqueza
O Brasil é muito grande
Ponha as cartas na mesa
Rumo a negociação
Não tem outra solução
Disso eu tenho certeza

E para terminar o assunto
Vou lhe dar mais um conselho
Seja o Lula de fato
Não se mire no espelho
Que já refletiu no passado
O que não deu resultado
Não meta lá seu bedelho



Domingos Oliveira Medeiros
17 de fevereiro de 2003




















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