Meste Egido falô Inêu,
Mi dando um nôvo alento
Pois êle assim cuma Iêu
Tem o Gênio de Jumento
Falô qui ao dizincarná
Cumigo vêm vaguiar,
Qui Deus lí dê o provento.
Eu sinto neste momento
Uma aligria incontida
Di sabê qui meste Egido
Quando abandoná a vida
Vem prá cumigo passiá,
Bêbê cana i cordelá
Nesta estrada tão cumprida.
O tempo num tem guarida
Aqui puresses meu rincão,
Meste Egido nem se avexe
Fazendo as sua obrigação
Qui o tempo prá Ieu jamáis passa
Quando tu virá fumaça,
Ieu te ispero na estação.
Mermo já tem ôtro Irimão.
Cum a vinda pogramada
Pro um dia trêis di abril
Da sigunda temporada,
Pidi êle, i Deus mi deu
Mode di vim vagar cum Iêu
Na inteminave istrada.
Aqui né ôto não, mestim, é limerinha do tauá, o primêro sem sigundo, qui tem mêrmo o fôigo di sete gato.
si qizé iscreva priêu, o emêio é verdadêro.
limeirinhadotauá@yahoo.com.br
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