Seu doutor diga pra mim
Eu não estou entendendo
Como é que parlamentares
Com outros vão debatendo
As leis para o cidadão
Tomar sua direção
Na vida que está vivendo.
Ainda que queira forçar
Minha mente não compreende
Tem gente pra não conversar
Está fingindo que entende
Essas leis que foram feitas
Sem ter alguém que rejeita
É coisa que nos ofende.
Deram muita liberdade
Para o jovem ir matando
Pois com essa lei aí
O adulto vai escapando
Vai matando sem ter dó
Bota a culpa no menor
E por isso vai ficando.
Os jovens de hoje em dia
Tem direito pra votar
E escolher um presidente
Para vir nos governar
Já que pode escolher
Então ele pode ser
Responsável por matar.
Tem-se maturidade
Pra votar numa eleição
Deve saber que é perigoso
Uma arma numa mão
Se ele pode matar
E também pode roubar!
Porquê não na prisão?
Ele mata o cidadão
Nem a cara é mostrada
Tem idade pra ser marginal
E eles não fazem nada
Falta um pouco de senso
Que confesso não agüento
Minha vida tá stressada.
Há falta de severidade
Nestas leis do Brasil
Já não temos, mas a paz!
Há muito tempo não viu
À noite não posso sair
Com a violência rondando aí
Não é só no Estado do Rio!...
Todo dia agente vê
O bandido de menor
Roubando depois matando
E o advogado tendo dó
Tem uma tal de Febem
Que é de lá que ele vem
Já formado e bem pior.
O Brasil está precisando
Essa lei reformular
E ensinar a estes jovens
A se responsabilizar
Esse país ainda tem jeito
Eu falo e não aceito
Essa lei que aí está.
O adulto mata e rouba
Põe a culpa no menor
Tendo uma lei que favorece
Ele não vai pro xilindró
Se não tomar providência
Este jovem na (inocência)
Vai matando sem ter dó.
Outra coisa seu doutor
Que acho muito errado
É o governo dar comida
Pra esse bando de safado.
Bota ele na prisão!
Mande-o plantar no chão
O alimento sagrado.
É só fazer na Amazônia
Presídios bem armados
Mandam eles para lá
E pode jogar pesado
Dê pra cada uma enxada
Pois sei que esta danada
Vai lhe deixar concertado.
Botam eles para construir
Seu presídio para morar
E a pedra do alicerce
Botam eles para quebrar
Põe para fazer a massa
Deixe que eles façam
A construção do seu lar.
O que não pode doutor
É eu pagar por esse bandido
Com tanto imposto na cacunda
E olha que tenho sofrido!
Vendo a mordomia que tem
Pode ser que mais alguém
Vai deixar de ser fingido.
As leis têm de ser mudadas
Estão dormindo no ponto
Fazem elas sem discutir
Depois diz que está pronto
Temos bons parlamentares
Vamos jogar pelos ares
Essas leis que é um conto.
Temos bons parlamentares
Mas temos também pamonhas
Que elaboram certas leis
Sem nem fazer cerimônia
Um jornalista da tv
Vive sempre a dizer
Isso, é uma, veeer-gooo-nha!