Eu tomei com Alan Bique
Outro que também abusa
Eu tomei com todo pique
Até a mente estar confusa
Eu tomei muita cerveja
E no fim tombei na mesa
Junto com Daniel Fuiza.
E nosso amigo François
O único a ficar de pé
Com a intenção de ajudar
Preparou-nos um café
E sorrindo deu pra gente
Um café amargo e quente
Que combate qualquer mé.
O Daniel tomou primeiro
Estava bem mais precisado
E o café tão milagreiro
Mudou logo o seu estado
Num instante até babava
E de repente ali estava
Num quatro equilibrado.
Eu tomei logo em seguida
Por estar tão precisado
Porque nunca em toda vida
Ficara assim tão mamado
E com o efeito do café
Eu consegui ficar de pé
Mesmo pendendo de lado.
Foi então que a cabrita
Apareceu vinda do mato
Vendo coisa tão bonita
Daniel lembrou no ato
Que na noite anterior
Na perfumada e linda flor
Ele havia dado um trato.
A cabrita era um tesão
E Daniel se envaideceu
Tinha um lindo corpão
Que ele disse que comeu
Ela veio até a gente
E ele disse sorridente:
"Deve estar querendo eu!"
A cabrita chegou perto
E Daniel ficou doidão
Eu porém fiquei esperto
Com o tamanho do avião
De repente: "Minha nossa!"
Ela disse com voz grossa:
"Bofe! Você é um tesão!"
Eu fiquei de boca aberta
E Daniel seco engoliu
E uma coisa ficou certa
Ele comeu o que não viu
E quem deixou-o esbodegado
Na verdade era um veado
Que do nada ali surgiu.
François então chegou
Para saber do ocorrido
E já de cara ele notou
Na cabrita um conhecido
Viu que era seu cunhado
Que de morte era jurado
Pelos garrafões bebidos.
® LUMONÊ
"Este cordel é uma sequencia do cordel "ALAN BIQUE, LUMONÊ e FRANÇOIS. Uma FESTA ETÍLICA" publicado por Daniel Fuiza em 25/09/2002 e também do "SOBRE meu ENCONTRO com LUMONÊ e ALAN BIQUE em FORTALEZA" publicado por François Pecori Massa em 26/09/2002"