A vida do famoso bandoleiro nordestino escrita em literatura de cordel.
Autores: Mestre Egídio e Daniel Fiuza.
14/02/2002
Lampião costumava cantar esse verso ao entrar nas cidades, porém não se sabe se é de sua autoria.
Eu me chamo virgulino
Ferreira, lampião
Manso como um cordeiro
Brabo como um leão
Trago o mundo em rebuliço
Minha vida é um trovão.
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A infância de lampião
Na paróquia de floresta
Era Setembro o mês
Na diocese de pesqueiro
Se passou no dia três
Batizaram um menino
Com o nome virgulino
Que apresento a vocês.
Virgulino Ferreira da silva
Era seu nome completo
Maria José da soledade
Foi a madrinha do neto
Eu falo nessas sinopses
Foi Manoel Pedro Lopes
Avô e padrinho, completo.
Em mil novecentos e sete
Virgulino ainda menino
Ele e mais dois irmãos
Antonio Ferreira e Levino
Estudaram em pitombeira
Deixaram a brincadeira
Antes do triste destino.
Na escola pública do Professor
Auchêncio Viana Miranda
Foi lá que fizeram o primário
Raimundo gago é quem manda
Ele era um amigo da família
Ajudando a por na trilha
Quando aceitou a demanda.
Antonio tinha doze anos
Onze anos tinha levino
Virgulino só tinha nove
Ninguém torceu seu pepino
Só dois anos estudaram
Pra outra escola mudaram
Dois irmãos mais virgulino.
Foi lá em serra vermelha
Na escola particular
Domingos Soriano de Sousa
Foram estudar por lá
Só o tempo de aprender
A contar, ler e escrever
Não deu tempo se formar.
A infância de lampião
Se passou normalmente
Como todos da sua idade
Vivia brincando contente
Gostava de nadar no rio
Com os irmãos era um trio
Era uma criança inocente.
Aviso aos leitores: Divulgarei a bibliografia completa ao fim do cordel completo.
Essa parte é uma homenagem para o amigo, poeta e escritor GUIDO CARLOS PIVA.