O GOLEIRO BOM DE BOLA
.
No campo se concentrava
para defesa do gol,
preparado para o voo,
enquanto a BOLA rolava,
a ARTE que abraçava
servia de terapia,
uma fonte de energia,
como sendo uma escola.
O GOLEIRO BOM DE BOLA
SÓ PENSAVA EM POESIA.
.
Estava bolando um VERSO,
quando a BOLA penetrou
na rede mas nem notou,
com seu pensamento imerso
no mundo doutro universo
que OUTRO JOGO ocorria,
mas o VERSO concebia
com as luzes da cachola.
O GOLEIRO BOM DE BOLA
SÓ PENSAVA EM POESIA.
.
Notou que tinha engolido
um FRANGO durante o jogo,
um jogo de pegar fogo,
marcante e enfurecido,
mas disse não ter perdido
o VERSO que pretendia,
que no instante fazia
dentro da melhor bitola.
O GOLEIRO BOM DE BOLA
SÓ PENSAVA EM POESIA.
.
Mesmo tendo experiência
do ofício de GOLEIRO,
na frente cada zagueiro
jogando com competência,
só por uma negligência
ou quando se distraía,
algumas vezes não via
quem estava em sua cola.
O GOLEIRO BOM DE BOLA
SÓ PENSAVA EM POESIA.
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Versos de minha autoria inspirados numa ideia do poeta, cantor, compositor e músico Adilson Medeiros.