De chifre tem medo o homem.
Por representar o corno.
Para muitos animais
Serve como grande adorno
Pra sua defesa também,
Não lhe traz nenhum transtorno.
O homem corno tem sorte
Por ser descalcificado.
Porque quando ele tem chifre
Este não fica apontado.
Mostrando à sociedade
A condição do coitado.
Cara quando leva chifre
Nunca deixa de ser corno,
Mesmo quando a mulher morre,
Ainda carrega o transtorno.
Jamais se livrará dele
Morrerá com tal adorno.
Fica com fama tão grande
Que nunca existiu estorno.
Até vários tipos criaram
Dependente do transtorno,
E de como se comporta
Quando descobre o adorno.
Tem corno pra todo gosto
Manso, Xuxa e Azulejo,
Corno Galo, Prevenido,
Até corno Malfazejo.
Independente do tipo
Corno só come sobejo.
Corno é tão desgraçado
Que paga e o outro come.
Tem mesmo muito sujeito
Que até vai dormir com fome,
A comida posta em casa
No bucho do outro some.
Ninguém se livra de chifre.
Até o príncipe de gales
Foi vítima de chifrada
Que lhe trouxe muitos males.
Embora sobre o assunto
Hoje ninguém jamais fale.
Chorar na televisão,
Foi senador brasileiro,
Ao saber que foi corneado
Por um cara do estrangeiro.
Como quem tem chifre é boi
Ele devia ser vaqueiro.
