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Cordel-->QUANDO O GOVERNO É RUIM -- 20/01/2002 - 12:41 (Marcodiaurélio) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos



QUANDO O GOVERNO É RUIM



Quando se é governado
Por gente que não tem jeito
O diabo fica contente
Pois um dos seus foi eleito
Vereador, presidente
Ou mesmo qualquer prefeito.

Que nunca deu para nada
Não teve tino na vida
Nunca se deu ao trabalho
Nunca gostou de uma lida
Se joga pra ser eleito
De nossa gente sofrida.

De paletó e gravata
Completa o seu armário
Sapato fino da bossa
Tudo veste um salafrário
Tirando de quem trabalha
Puxando pro seu salário.

Mantém a sua madame
Gastando muito dinheiro
E os filhos que ele tem
Viajam pro estrangeiro
Só anda de carro bom
E vive todo fagueiro.

Não lhe falta nada em casa
Nunca pensa em aluguel
No dia que foi eleito
Foi como se entrar no céu
Nem no banheiro se finda
O rolo de seu papel.

A pobreza ficou longe
No dia da eleição
Vivido de muito abraço
De muito aperto de mão
Hoje vive sossegado
Bem longe de seu povão.

Faz de conta que governa
Ou fiscaliza a nação
Faz de conta que estuda
Melhorar toda razão
Faz de conta que merece
Os votos da eleição.

São 4 anos de gloria
Vive de imunidade
Poder fazer o que acha
Dentro da vaidade
Nem precisar conhecer
Sua responsabilidade.

Só faz plano que consista
Numa boa divisão
Do projeto que transita
Diariamente em sessão
Votando em seu favor
Se ganhar uma comissão.

Veja o que acontece
Agora com esse apagão
Vamos ver a lamparina
E o nosso lampião
Bebendo seu querosene
Iluminando o salão.

Galinha vai deitar cedo
E o ladrão faz a festa
O jornal vai aumentar
As linhas do que não presta
Vai ter rato passeando
Em cima da linha mestra.

O nosso ecossistema
Vai ter uma mais valia
Pois o mundo no escuro
Vai valer por serventia
Na imensa bicharada
Vai se dá muito mais cria.

Menino nem imagine
Sem nossa televisão
Vai melhorar uma coisa
O nível da educação
Pois tudo que lá não presta
Vai ficar sem ter visão.

A mulher e o rebolado
O preso e a rebelião
Os invasores de terra
E a prostituição
Tudo fica sem ser visto
Pelo jovem em formação.

Só uma coisa não sei
O qu’eles vão inventar
Pra na próxima eleição
E como vai alcançar
A propaganda gratuita
Vai se mudar de lugar

É desta vez que o Cordel
Vai se virar de primeira
A lamparina do voto
Da casa a cumeeira
Pois bem vai se propagar
Em nosso meio de feira.

Já nos era parecido
Bem já tinha sua fama
Sob o sol oferecido
Escondendo sua lama
É o voto bem vendido
Como penca de banana.

A promessa vai ser luz
Feita lá por candidato
Que como cobra seduz
Olhando para seu rato
Que depois de morto vai
Se desmanchar em seu papo.

O mundo tem muita volta
Há quem diga que o apagão
É uma historia inventada
Pra cobrir a corrupção
De quem governa o país
Com sua má intenção.

O povo não sabe muito
Por certo é muito ausente
Das coisas que aqui se passam
De outras que são latentes
Mesmo assim não se pode
Ter nome de inocente.

Se diz muito por aqui
Que ninguém sabe votar
Mas não se explica porem
No mesmo beco voltar
Levar o traseiro que tem
E novamente apanhar.

A única explicação
Pra essa coisa doente
É fazer educação
Pra levantar essa gente
Pois saber em quem votar
É coisa de competente.

É trocado por cimento
E até por dentadura
O voto que se precisa
Pra sua legislatura
Você elege o sujeito
E a sua sepultura.

Procure quando votar
Se livrar de meliante
Não olhe pro seu anel
Não é isso importante
Procure por sua historia
Se ela é uma constante.

Cuidado também com alguns
E que promete demais
Se não tem donde tirar
Fique com seu pé atrás
Pois pode ser pau-mandado
Da parte de satanás.

Vai haver sempre eleição
Também o besta e o sabido
Nessa hora o enrolão
Vai lhe deixar espremido
Pode lhe tomar as calças
Lhe fazer desprevenido.

Não seja mais besta não
Neste país de beleza
Não ande na contra-mão
Acabe com essa tristeza
Pois só se vota num homem
Quando se tem a certeza.

Por aqui vou terminar
Pra não cair na besteira
De se fazer propaganda
Que não seja de primeira
Pois o que tem por ai
É m.... por derradeira.

_________________________
LITERATURA DE CORDEL

Por Marco di Aurélio
João Pessoa – Paraíba – Brasil
Junho de 2001.





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