I
Tive duas namoradas
Que marcaram minha vida.
Uma delas perdeu forças
Findou sendo preterida.
Já a outra instalou-se
Em meu peito e tornou-se
Minha musa preferida.
II
Por um tempo, a preterida
Era como filial,
Mas somente em pensamentos,
Não na vida sexual;
Nessa, quem me faz feliz
É a que eu fiz matriz
Para a vida conjugal.
III
Qualifico a filial
Como sendo uma paixão,
Pois mexeu com minha mente,
Mas não foi ao coração.
Amarrei-me muito nela,
Mas não soube fazer dela
Minha flor. Fiz só botão.
IV
A matriz não foi paixão,
Foi amor e de verdade;
É a dama com quem vivo
Em total fidelidade.
E, sem medo, vou dizer
Que, com ela, vou viver
Para a eternidade.
