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 | Cordel-->GREVE NO CORDEL -- 07/11/2008 - 09:09 (Andarilho) |  |  |  |  |  |
 |  Número do Registro de Direito Autoral:131438347607908900 |  | GREVE NO CORDEL Silva Filho
 
 
 
 Vem a greve dos Correios
 Vem a greve dos bancários
 Dos motoristas de ônibus
 Greve dos urbanitários
 Vem também a da Polícia
 E depois dos mercenários.
 
 Deu a louca no país
 Com greve pra todo lado
 Hoje tudo está aberto
 Amanhã tudo fechado
 Você paga o que cobram
 E depois é insultado.
 
 É um direito concreto
 Porque promana da lei
 Mas para ser exercido
 Sob o bom senso da grei
 (um remédio eventual)
 Contra abusos do “Rei”.
 
 O que se vê, na verdade
 É uma espécie de rosário
 Nunca mudam os atores
 E tampouco o cenário
 Como se fosse uma festa
 Que consta no calendário.
 
 Até caixa eletrônico
 Já participa de greve
 Logo mais, por adesão
 O e-mail também não serve
 O cidadão quer xingar
 Porque matar não se atreve.
 
 Todo mundo tem direito
 Que cessa exatamente
 Nos limites demarcados
 Com um outro pertencente
 A quem tem o que fazer
 Para viver como gente.
 
 Portanto, se tem abuso
 Do estrato patronal
 Abuso se tem de sobra
 Lá na classe laboral
 O Povo paga a conta
 Do contínuo vendaval.
 
 Quem é sindicalizado
 Tem um plano de defesa
 Mas quem demanda serviços
 Tem somente a surpresa
 De bater contra as portas
 E assumir a fraqueza.
 
 Sendo a greve abusiva
 Você vê no resultado
 Depois de longo recesso
 O grupo fica calado
 E retorna ao trabalho
 Sem ter sido contemplado.
 
 Você briga por salários
 Eu brigo por meu direito
 De ter serviços normais
 Sem o corredor estreito
 Que fazem os sindicatos
 Pra forçar o meu trejeito.
 
 Vou criar um sindicato
 Para ser o contendor
 Duma classe importante
 Chamada CONSUMIDOR
 Quero ver lasca voar
 Num confronto de valor.
 
 O desgaste é profundo
 Dentro da sociedade
 Pra quem vive aprontando
 Greve sem finalidade
 Que ocorre todo ano
 Só pra matar a saudade.
 
 Jurei vingar-me um dia
 De quem me causa transtorno
 Eis aqui minha vingança
 Que não dispensa nem corno
 Este é um desabafo
 Resistente a suborno.
 
 /aasf/
 
 
 
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