Há pouco tempo estive
Com meu coração doente
Por ter amado e sofrido
Uma traição friamente,
Mas estou vencendo o tédio
Pós ter tomado o remédio
Que me deu Hull de la Fuente.
Ainda convalescente
Eu só posso agradecer
À minha querida amiga
E o faço com prazer:
“Gracias”, Hull de la Fuente!
Como o Wellington Vicente,
O que eu quero é viver.
Seu xarope, é bom saber,
Deixa qualquer um disposto,
Tanto assim que já estou
De volta ao antigo posto
Para, em refazendo a vida,
Cicatrizar a ferida
Sem mágoa e nem desgosto.
Depois disso eu aposto
Que até Doutor Pedroca
Vai receitar seu remédio
Que tira tatu da toca;
Assim ocorreu comigo,
Você, Hull, livrou o amigo
De se afundar na barroca.
Esse doutor não me toca
Por ser bastante mesquinho,
Negou-me uma enfermeira
Sua irmã, lindo brotinho,
Enviando-me uma velha
Desdentada e esgadelha
Igual a um porco-espinho.
Amante de um tal Pedrinho
Que é xará do Doutor,
Ambos pensaram que eu,
Sofrendo assim por amor,
Fosse cair na armadilha
E um caso de família
Resolver com minha dor.
Seja lá como isso for,
Eu vou contar direitinho:
Essa velha eu conheci
Quando meti o focinho
Aonde não fui chamado,
E o caso vai ser narrado
Qualquer dia ao Pedrinho.
Um abraço com carinho
E uma vez mais obrigado,
Querida Hull de la Fuente,
Por ter muito me ajudado;
Seu xarope é milagroso,
Volto a ser generoso
E deixo o nome assinado.
BENELDITO GENEROSO DA COSTA
benegcosta@yahoo.com.br