Em 8 de Junho, 1686, no caminho em direção a Chur, na Suíça, dois nobres distinguiram junto a um arbusto uma pequena criança, deitada e envolvida num pano de linho. Um deles sentiu compaixão, mandou seu servo desmontar do cavalo e levantar a criança, para que se pudesse levá-la à vila mais próxima e ministrar-lhe os cuidados. Quando ele desmontou, agarrou a criança e quis erguê-la, não foi capaz. Os dois nobres se assombraram e ordenaram ao outro servo que se apeasse e ajudasse. Mas ambos, em esforço conjunto, não foram fortes o bastante sequer para movê-la do lugar. Depois que já tinham tentado durante muito tempo aqui e ali erguê-la e puxá-la, a criança começou a falar e disse: “Deixem-me jazer aqui, pois vocês não podem me tirar da terra. Quero dizer-lhes porém que este será um ano excelente e fértil, mas poucos homens irão vivenciá-lo”. Tão logo pronunciou essas palavras, ela desapareceu. Os dois nobres, juntamente com seus servos, registraram seus depoimentos no Conselho de Chur.
[Brüder Grimm, Deutsche Sagen. Pode-se consultá-las todas em http://gutenberg.spiegel.de/grimm/sagen/grimmsag.htm]