Aqui dentro eu penso bastante na morte. Não há muita coisa para se fazer mesmo. De vez em quando eu ouço a sirene da ambulânçia que veio pegar algum defunto. Mas as pessoas morrem aos pouco por aqui. Vagam por esses corredores sujos e dementes, vinte, trinta anos até que finalmente, alcancem a liberdade na paraíso eterno. Uma vez um psquiatra disse-me que eu tinha fixação pela morte. Concordei, e lhe disse: _ Prefiro morrer de uma vez a ficar dentro nessa canoa no sobe-desce do rio. Nem ele nem eu entendemos nada.