Ele crescia e tinha muita fome. Fome infinita. Quanto mais energia recebia, mais queria. Insaciável, essa é a palavra. Revirava-se, todo nervoso. Queria, precisava sair. Estava faminto! Precisava de muito mais energia!
Era pequeno. Nem bonito e nem feio. Vivia dentro do seu mundo. Qual era o seu mundo? O planeta homem. No seu caso, uma mulher. Estava entranhado em seu abdômen.
Ela andava, impaciente com a pouca velocidade, mas não conseguia correr. E o monstro dentro dela queria mais. Parecia gritar em sua mente: “Estou com fome!”. Sentia-se excitada por estar viva. Andava mais e mais, ainda assim, sentia o nervosismo do bicho. Sentia que ele iria sair! Para impedi-lo, suava para lhe dar mais energia.
Enfim, ele pareceu se acalmar. Ela respirou suavemente, suada. Estava feliz. Tinha conseguido acalmar sua fera interior, não iria fazer loucuras, não cometeria desatinos. Voltou lentamente para sua casa. Estava sã.