Uma vila medieval pequena, no interior de algum lugar. Longe e perto de tudo. Uma vila bem normal, com camponeses, soldados, governo, religião, uma religião bem diferente, e muito normal ao mesmo tempo, o draconianismo.
Foi trazida a vila por um nômade, um nômade vindo de bem longe, ou de perto, isso não era sábido. Ele pregava que os Dragões controlavam a vida de todas as pessoas, e somente com a servidão a eles poderemos usufruir de uma vida melhor.
As classes mais pobres abraçaram o draconianismo imediatamente, e desde então são servos humildes a esperar.
As classes mais favorecidas se converteram a religião um pouco após, por temerem o poder dos Dragões.
O nômade havia agora trocado o seu nome por "clérigo", a suas roupas maltrapilhas por mantos ornamentados e as ruas por uma mansão no ponto mais alto da vila, acima de todos.
Até que um jovem bateu na grande porta dupla da mansão, ninguém veio atende-lo, tentou de novo, nada, somente na 3° tentativa o "clérigo" abriu a porta. "Que queres?" "Falar com os Dragões." "Não podes." "Porquê?" "Por que eles vivem depois do abismo, no vale draconiano, tu não podes chegar lá, só eu, o filho humano dos Dragões!" "Me leva?" "Não." "Então vou só!" "Não podes!", então o jovem foi embora.
No dia seguinte começou a construção de uma enorme ponte, para cruzar o abismo divino, trabalha o dia todo em baixo do sol e das criticas.
Mas todas as noites o "clérigo" sabotava o trabalho do jovem.
Isso aconteceu até o jovem não ir mais para casa dormir a noite, passava a noite inteira acordado para impedir sabotagens.
Com a ponte já pronta, o "clérigo" veio. "Não irás cruzar a ponte!" " Irei sim!" "Irás morrer se cometer tamanho pecado!" "Então morrerei!".
Então ele foi, com a vila inteira o assistindo, curiosa. Quando ele pisa do outro lado da ponte. "Cadê os Dragões?" "Oh! Como a bondade draconica é infinita, permitem que um infeliz servo pise na terra divina!" "Não vejo dragão algum!" "É por que eles habitam o vale depois das montanhas."
O jovem, sem mais falar, parte, o "clérigo corre atrás dele. "Os Dragões iram se enfurecer contra você e toda nossa vila, não podemos cometer esse pecado!" "Não o cometa!" "Você está a arriscar toda a..." "Chegamos, cadê os dragões? Só consigo ver uma única casa nesse vale." "É... os Dragões moram dentro da casa! Mas não podemos prosseguir, a casa deve estar trancada." "Verei.".
A ansiedade manteve o "clérigo" calado até a chegada na casa. "Oh! Grandes Dragões! Entendam que ele é somente um jovem teimoso, não façais que o pecado de um condene todos!" "Cadê os Dragões?", pergunta o jovem ao abrir a porta, e repete: "Cadê os Dragões?" "Os grandes Dragões vivem no mais alto quarto da casa, mas você definitivamente NÃO pode ir lá", o jovem segue em direção a grande escada central da casa, o "clérigo" corre apavorado atrás do jovem. "Quanto teimoso tu es?" "Quanto mentiroso você é!" "Mentiroso? Seu jovem pecador, não sabes o que falas! Ousas duvidar da verdade do "clérigo"?" ""Clérigo"?" "Sim, como dizes que sou mentiroso sem nunca provar nada?" "Ainda não!" "Nunca irás!".
Os dois chegam no quarto, ao abrir a porta do cômodo, o jovem diz. "Cadê os Dragões?" "Está escuro de mais para vê-los!", o jovem abre a janela, volta a olhar para o quarto, e após a sua visão se acostumar com a luz a luz, volta a dizer. "Cadê os Dragões?" "Eles são invisíveis.", após tatear todo o quarto, a pergunta é repetida. "Cadê os Dragões?" "Eles saíram voando pela janela!" "Vou atrás deles!" "Não conseguirás." "Porque não? Porque eles não existem?" "Não, por que você não possui fê, e quem não tem fê não merece a vida!".
Naquela noite somente o "clérigo" voltou para a vila.