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Contos-->Velhos caminhos -- 04/01/2000 - 23:42 (Iraci Cardoso Machado) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Pensando lentamente como se temesse machucar velhas lembranças, iniciei o percurso por onde passei tantas vezes em outras épocas, ansiosa por rever paisagens e caminhos onde andei nos verdes anos da vida.
Retomei o mesmo trajeto. Encontrei velhas estadas conhecidas que me viram tantas vezes abraçada aos sonhos e fantasias da juventude. Agora são simples passagens onde poucas pessoas circulam indiferentes.
As velhas fantasias de outrora perderam a importância. A antiga casa desbotada com seus janelões escurecidos pelo tempo, velhos móveis irreconhecíveis pertencem a outros. Aquelas janelas que tantas vezes debrucei para ver o tempo e o nada!
Prossegui procurando encontrar os cacos do passado para ver o que havia sobrado das velhas lembranças e atenuar a sensação, lancei o olhar pelo quintal onde havia um grande pomar, laranjeiras e goiabeiras, onde passava horas inteiras montada em cavalos de mentira cavalgando na imaginação. Nada mais encontrei.
Vi, de repente, a escada que descia para a cozinha onde eu subi e desci milhares de vezes pelo corrimão. Ah! Tudo se perdeu com o passar dos anos, nada mais me traria risos, nem a voz nem o semblante das pessoas queridas. Depois me contive, porque era dolorido demais o jogo da saudade, saudade de mim mesma.
Decidi voltar pelo mesmo caminho. Na passagem encontrei um velho coqueiro que me viu crescer, ao ver-me calada e triste parecia querer segredar-me, quase em sussurro: não morri! Ainda estou de pé. Ergui a cabeça e percorri ainda um grande trecho de estradas abandonadas. Subi até o alto da serra onde estava o carro, da rodovia que lá hoje existe, lancei um olhar sobre aquele vale coberto de coqueiros e toda aquela paisagem cheia de montes pensei, nunca mais voltarei aqui.
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