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Contos-->O Erotismo do Conde -- 24/08/2002 - 16:54 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O Erotismo do Conde
(por Domingos Oliveira Medeiros)

Havia semanas que não se encontrava com ela. Que não a via. Não suportava mais. A última vez foi quando ela descia de uma charrete. Sorriu para ele. E acenou com um lenço cor de rosa. Mas a política tomava-lhe todo o tempo. Muitas questões urgentes para serem resolvidas. O Rei estava preocupado com a onda de boatos sobre as mulheres que se vendiam nas chamadas “casas suspeitas.” Achava que tinha aumentado o número de moças que se entregavam ao comércio do sexo. Um verdadeiro absurdo.

As senhoras da Corte haviam formado uma espécie de ONG para combater tal degradação de valores. E o conde ficara encarregado de resolver a questão. Apresentar uma solução. Foi quando decidiu visitar uma dessas casas. Para ver de perto a situação.

Colocou uma roupa de gente comum e foi até a casa das mulheres. Bateu na porta. Uma linda mulher atendeu. Um vestido comprido, muito bonito, cobria-lhe o belo corpo. Bem penteados, seus cabelos longos e negros escorriam pelos ombros, também cobertos pelo vestido.

Com um belo sorriso, num gesto de quem já o conhecia de antes, pediu que o cavalheiro lhe desse a honra e entrasse no recinto. Ele agradeceu, curvando-se um pouco à frente, como do costume da época, e procurou assento no interior da sala.

Sentou-se e correu os olhos. Cinco ou seis belas mulheres. Todas bonitas e bem vestidas. Belos corpos sugeriam as silhuetas marcadas pelo tecido leve de suas roupas. Os vestidos eram longos. Não se viam suas pernas. Sequer os tornozelos. E a mulher trouxe-lhe uma bebida. Sentou-se ao seu lado. Enquanto sorviam o licor de uva trocavam olhares insinuantes.

E ele perguntou como funcionavam as coisas naquele lugar. E o que ela fazia ali. Ela sorriu, e lhe disse: naturalmente. Hoje é o meu primeiro dia. E ele começou a ficar nervoso. E a mulher, depois de algumas horas, pegou na sua mão. E começou a acariciá-la. Até que intercalou os dedos de sua mão com os dedos da mão do seu amado. À esta altura, mais nervoso ainda. E a mulher continuou com suas carícias. Colocou seus lábios juntos de sua boca. E o beijou. Bem devagar. Com muito ardor. E a mulher, mais experiente, tentava acalmá-lo. Desconversava . Contava histórias de sua vida. Vez por outra, mudava de posição no sofá, para descansar a postura.

Num desses movimentos, o vestido subiu um pouco. E deu para o cavalheiro perceber um pedaço do tornozelo. Que belo tornozelo! Como não seriam suas pernas? Suas coxas? E os seios? Barriga? Umbigo? Enfim, foram para o quarto. A mulher começou a despir-se. Nesse ponto, o conde não suportou e atingiu o gozo involuntário. E deitou-se por alguns minutos, ao lado da amada. Ela sorriu, e acariciou sua cabeça. Ele adormeceu. Acordou um pouco assustado.

A mulher então lhe disse: pronto. O senhor deixa o quanto quiser. É a norma da casa. Infelizmente, aqui tenho que cobrar. Pode ser uma jóia. Um corte de tecido francês. Ou uma garrafa de licor. E pode voltar sempre que quiser. Você é muito gentil. Estávamos em 1658. Era a primeira vez dos dois. E o primeiro emprego dela. Começávamos a caminhada erótica. Até chegarmos aos dias de hoje. Convenhamos. Muita coisa mudou de lá para cá!.

Domingos Oliveira Medeiros
24 de agosto de 2002

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