Usina de Letras
Usina de Letras
19 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63580 )
Cartas ( 21361)
Contos (13309)
Cordel (10366)
Crônicas (22591)
Discursos (3250)
Ensaios - (10792)
Erótico (13604)
Frases (52040)
Humor (20215)
Infantil (5664)
Infanto Juvenil (5020)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1387)
Poesias (141428)
Redação (3381)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2445)
Textos Jurídicos (1978)
Textos Religiosos/Sermões (6406)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Contos-->RETRATO DE UMA SALA DE AULA -- 19/06/2002 - 15:39 (Veneza de Almeida Babicsak) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
RETRATO DE UMA SALA DE AULA


- Bom dia, crianças !
- Bom dia, querida professora !
- Nossa ! Que barulho ! Que sala! Que alunos! Quanta energia ! - murmurou a professora.
- Por favor, Silêncio. Desta forma vocês não conseguirão prestar atenção nesta aula que a professora preparou com tanto carinho, tanta dedicação, tanto amor...

A bagunça ainda continua, mais moderada com certeza. A querida professorinha consegue equilibrar as conversas; um jogo de cintura aqui, um carinho ali, um gritinho lá. Com seu jeitinho a aula tem um equilíbrio perfeito. Evidente que os "lindinhos" da 5a. série olham o relógio desesperadamente, afinal, após o sinal, será o tão esperado recreio.

- Crianças entenderam ?
- Sim, querida professora!!! - gritaram todos.

Evidente que eles entenderam tudo. O toque para o intervalo, será dado em dois minutos. Entretanto, um inocente aluno, sentadinho lá no fundo da sala, ergue o braço e indaga:

- Eu não entendi, A senhora poderia explicar novamente?
- Não entendeu Felipe?
- Não senhora.

O alvoroço começou. Os alunos indignados quase se ergueram para “ estapear “ o pobre Felipe. A professora disfarçando sua vontade de rir, retomou a explicação, ouvindo também os sussurros dos alunos:

- "Ainda mato o Felipe de socos"
- "Vamos ajustar as contas na saída"
- "Imagine, perguntar bem na hora do sinal"

O pequeno Felipe com os olhos arregalados, não sabia se prestava atenção no que a professora falava ou para seus colegas, pois naquele instante o sinal soava estridentemente. Novo alvoroço.

- Calma meninos! - dizia a professora.
- Ainda não terminei a aula. O Felipe ainda está com dúvidas, nós temos que ajudá-lo. Enquanto eu não acabar, ninguém sairá da aula.
- Como professora! - Isto não é justo. Queremos sair agora. É a nossa hora do lanche.
- Não. Não irão sair. Aguardem mais um instante.

Que tristeza. Só conseguiram sair depois de passar mais da metade do recreio.

Assim, se o pequeno Felipe sanou suas dúvidas, não temos certeza, mas podemos afirmar que o intervalo não foi um dos melhores para ele, desta forma, a professora que entrou tão brava e séria na sala, conseguiu sair rindo das artes de seus pupilos. Desta vez, 1 x 0 para ela.


Veneza de Almeida Babicsak.


















Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui