Quando eu morava no Estado de Santa Catarina, onde minha
familia são quase todos Catarineses, pai, mãe, avós, irmãos e
demais parentes. Ocorreu que eu trabalhava no Hospital Bom Jesus.
e todos os dias por volta da 23:30, da noite, eu sai do serviço, do
hospital, na quena cidade de Araquari,proximo a Joinville.-SC. Eu
pegava o caminho de casa. Numa bicicleta, em um certo dia, o céu
estava com um luar, mas com nuvens carregadas e nublado,
tornando a noite um pouco escura, estava trovejando com relampagos
que traçavam o céu. Pela rua onde sempre passava, não era
costume encontrar alguém neste horário. A chuva começava a cair,
e meus cabelos crespos iam ficando molhados com os pingos
fortes da chuva. Tive que balançar à cabeça, o que tornou melhor
minha visão. A chuva começava ficar mais forte, poucos metros à
minha frente, vinha um ciclista no sentido contrario, observei tinha
um corpo atlético a notar pelo esforço da minha pouca visão. Parecia
que minhas pernas mal conseguiam se mexer, meus movimentos
eram lentos e pesados. O ciclista vinha com pouca velocidade, a
chuva continuava, parecia que tudo estava parado em volta, só o
ciclista se locomovia em minha direção. A impressão é que ele
iria colidir comigo, ou o que se supnha pela minha pouca visão,
viria sobre mim. Parecia que eu encontrava a hora naquela situação,
nem o ciclista, muto menos eu, chegavamos perto um do outro.
Firmei bem os olhos e consegui enxergar seu rosto, era mórbito,
de uma palidez total, olheiras profundas e muito roxas, os lábios
estavam pretos; parecia que há anos não comia, mas o corpo
atlético, não se explicava pela face. Comecei a sentir medo, fiquei
trêmulo, pasmo pela expressão catavérico do mesmo. De repente
a chuva parou, num piscar de olhos, o ciclista havia desaparecido,
o céu estava cheio de estrelas, a lua começava aparecer e no meu
relógio marcava a mesma hora que sempre passei pelo local.
-JOSE ANGELO CARDOSO.-Poeta, contista,artista plastico.
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