Memórias antifísicas
Salpicadas no carpete...
Descarga cerebral anular no meu sapato
No meu sapato piso.
Feridas cicatrizadas nos braços.
Nos braços de quem estava me segurando.
Anelo telepata...
Descarrego minhas neuroses
Quando lê minhas loucuras
Uma gota azul mancha a parede de lilás e o mimeográfo
dispara palavras bombásticas no quadro amarelado
com montagens de fotos futurísticas enquanto a mulher
sentada imóvel num banco se desfaz de seu pensar e nega sua obsessão por coisas mortas.
Lá fora, dentro do Mundo...
Nasce uma criança.
A gelatina oleosa desliza pelo canto da boca que encara o microfone e diz palavras ditatoriais enquanto pessoas destituídas dos 5 sentidos empurram suas cadeiras de rodas ruela abaixo para a consagração rapozóide do político azedo de doutrinas estranhas.