Usina de Letras
Usina de Letras
132 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62408 )

Cartas ( 21335)

Contos (13272)

Cordel (10452)

Cronicas (22546)

Discursos (3240)

Ensaios - (10449)

Erótico (13578)

Frases (50802)

Humor (20074)

Infantil (5487)

Infanto Juvenil (4810)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1377)

Poesias (140871)

Redação (3319)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2437)

Textos Jurídicos (1962)

Textos Religiosos/Sermões (6235)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Contos-->Metáfora Os Limoeiros -- 03/10/2001 - 04:12 (Evely Garcia) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Os limoeiros


Daniel, filho de um agricultor desde cedo trabalhou na lavoura, ajudando seu pai. Porém não entendia porque o pai não plantava só limoeiros. Daniel adorava limonadas e uns poucos limoeiros que o pai permitia que ele cuidasse eram seu orgulho. Enxertava, adubava, podava, regava com freqüência e eles floresciam.
Ao se casar, Daniel ganhou de seu pai um pequeno sítio para começar a vida. Como todo jovem ficou animado para fazer as coisas ao seu modo, sem interferência de ninguém.
Decidiu que em todo o seu sítio iria plantar só limoeiros!
O pai sabendo que já havia dado todos os conselhos e bons exemplos que deveria, disse:
____ Nem sempre se aprende só ouvindo...
Passado algum tempo foi visitar o filho para ver como estavam as coisas.
Daniel estava felicíssimo. Havia preparado o terreno e estava plantando sementes. O pai arriscou perguntar quais eram os alimentos que ele estava plantando e Daniel respondeu, orgulhoso:
____ Limões! Estou plantando apenas limoeiros!
O pai, com ar preocupado, respondeu:
____ Nem sempre se planta o que se precisa...
E depois de contar as novidades e tomar um café com o casal, foi embora.
Deixou passar mais tempo e voltou para ver como estavam as coisas.
Daniel estava satisfeito e orgulhoso dos limoeiros. Tinha feito um bom trabalho e os limoeiros estavam viçosos, carregados de limões.
Ao entrar na cozinha o pai viu que tinha limões pra todo lado, dúzias de limões. A nora ofereceu a ele limonada, pois não tinha café e faltava muita coisa. Daniel, um pouco triste disse a ele que por algum tempo, havia feito trocas dos seus magníficos limões com os vizinhos por outras coisas que eles cultivavam, mas todos estavam um pouco enjoados de limões e ultimamente havia diminuído as trocas. Mas ele e a mulher estavam fazendo muitas limonadas!
O pai, mais uma vez preocupado, não agüentou e perguntou:
_____ Porque você não derruba a maior parte dos limoeiros para plantar outros alimentos? Fique com apenas alguns para fornecer os limões necessários. Afinal de contas, todo mundo precisa de um pouco de limões!
Daniel arregalou os olhos e falou:
_____ Pai! Não tenho coragem de matar os limoeiros que eu cultivei com tanto amor e cuidados!
O pai disse consternado:
_____ Nem sempre se cultiva o necessário...
O pai bebeu mais algumas limonadas com os dois, e enjoado, foi embora.
Voltou dali a uma semana dirigindo uma carroça.
Daniel e a nora nem vieram recebe-lo lá fora de tão desanimados que estavam. Entrando na cozinha o pai viu que havia muito mais limões, mas quase todos podres.
O filho, constrangido disse a ele que os vizinhos não queriam mais trocar outros alimentos por limões, pois estavam cheios de tanto fazer limonadas. Os dois também haviam enjoado e ficado até doentes com o excesso de limões.
O pai falou:
____Daniel, me acompanhe até a carroça porque eu trouxe dois presentes para vocês.
O filho e a nora o seguiram curiosos, e chegando perto, viram que estava cheia de muitos tipos de frutas, legumes, verduras, mantimentos.
Daniel ficou emocionado e agradeceu ao pai pelo presente. O pai respondeu:
_____ Os alimentos, meu filho não são os presentes. Esses são apenas para vocês se sustentarem por algum tempo. Os presentes estão aqui.
E pegou num cantinho da carroça um pacote. Daniel abriu e viu que eram sementes de vários tipos. O outro embrulho era comprido e estreito. Ao abrir, Daniel viu que era um ótimo machado, bem afiado.
Olhou para o pai e compreendeu. Depois olhou tristemente os seus queridos limoeiros. Olhou para o pai procurando apoio e este disse, consternado:
_____ Nem sempre o que morre é o mais importante da vida!











Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui