Usina de Letras
Usina de Letras
19 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63265 )
Cartas ( 21350)
Contos (13302)
Cordel (10360)
Crônicas (22579)
Discursos (3249)
Ensaios - (10693)
Erótico (13594)
Frases (51790)
Humor (20180)
Infantil (5606)
Infanto Juvenil (4954)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1387)
Poesias (141323)
Redação (3357)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2442)
Textos Jurídicos (1966)
Textos Religiosos/Sermões (6359)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Contos-->O HOMEM -- 10/04/2000 - 18:02 (Javert Denilson) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Encontro-me numa rua deserta e desconhecida. Caminho a esmo. Uma força me guia por trechos sublimes. A rua é silenciosa. A vegetação rasteira percorre o estreito das margens. Vejo uma casa no fim da rua. Ela é branca, simples, sem ornamentos. Sigo em sua direção num misto de curiosidade e perplexidade. Entro sem bater. A porta está aberta. Encontro um homem sentado de pernas cruzadas, mãos entrelaçadas sobre o joelho direito num sala quase deserta. Ele está com a cabeça abaixada com o queixo encostado no peito. Tenta levantar a cabeça com certo esforço. Por cima da mesa, uma garrafa vazia e um copo tombado enfeitam o retiro de um bêbado. Parece. Ao sentir minha presença levanta a cabeça com firmeza. Seus olhos brilham. Ele parece feliz com a minha existência. Sorri. Observo seu semblante empolado e machucado. Parece com a face da melancolia. Ergue-se da cadeira com muita dificuldade, caminha em minha direção e me abraça. Sinto a fraqueza de seus braços, no entanto, faz o possível para me dar um forte abraço. Ao pé do meu ouvido, murmura palavras desconexas e sinto seu forte hálito alcoolizado. Ao soltar-me caminha, a passos lentos, em direção ao quarto. Sem dizer nada, entra e fecha a porta. Começo a ouvir um choro. Não por sofrimento físico, mas de uma lembrança a muito tempo guardada. O pranto cessa. Espero vê-lo sair do quarto. Mas nenhum sinal. Fico curioso e preocupado. Abro a porta e não encontro o homem. O quarto está vazio. O quarto, a alma. Não admiro seu desaparecimento. O homem fora com o entardecer de um dia. Há seis longos anos. Agora, exatamente no dia de sua peregrinação, ele aparece em minha lembrança. Talvez, quem sabe, por saudade.






















Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui