Usina de Letras
Usina de Letras
30 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63156 )
Cartas ( 21349)
Contos (13300)
Cordel (10357)
Crônicas (22578)
Discursos (3248)
Ensaios - (10656)
Erótico (13589)
Frases (51642)
Humor (20169)
Infantil (5587)
Infanto Juvenil (4930)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1387)
Poesias (141277)
Redação (3357)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2442)
Textos Jurídicos (1966)
Textos Religiosos/Sermões (6347)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Contos-->Bruaca galopante -- 26/12/2016 - 23:18 (Adalberto Antonio de Lima) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

A lua surgiu prateada iluminando o terreiro. Os vaqueiros se achegaram ao alpendre, para ouvir  Generoso tocar viola. Euzébia serviu café, chá e biscoito, e quando o relógio de parede repicou oito notas no compasso da noite,  os vaqueiros se retiram. Os solteiros armaram suas redes nos esteios da oficina de farinha, fronteira ao curral, e ali dormiram acariciados pela brisa fresca da noite, porque a casa não tinha parede.

Mal rompeu o dia,  a vaqueirama se apresenta fogosa,  no pátio da sede.A meninada dormia o outro sono que vem depois que urinam na rede. Onofre levantou esfregando os olhos. Escolheu um cavalo desbotado que cochilava à beirada da cerca, encilhou-o e montou. João Velho matutou: ‘O meninote conhece! Esse cavalinho é o melhor da fazenda pra golpear boi arisco. Tem menos arranco que um grande, mas logo toma a dianteira.’

Vaqueiros e fazendeiro seguiram a  batida. O boi fugidio  abria a betônica com o peito, e a triturava nos cascos, abrindo passagem estreita. Os vaqueiros açularam os cavalos no batedor, e só viam  o lombo  do boi, que mais parecia uma bruaca galopante. Generoso passou a mão no rabo da rês e puxou de lado.  O arreio arrebentou, e  a sela escorreu pros vazios do cavalo  Presidente. Com duas upas,  o animal  jogou o dono no chão.  Onofre apertou a montaria  nas esporas, levou  a mão no sedenho do boi e puxou pra esquerda.  Foi um tombo  só.

— Sangra o bicho, gritou o patrão.

— Mato Não! Agora sou o ‘padim’ deste boi.

E passou o laço no pescoço de  Chuvisco, que o seguia como um cordeiro.

***

Adalberto Lima - fragmento de Estrada sem fim...

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui