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Contos-->ELA NÃO PARA DE ME VIGIAR -- 11/12/2013 - 23:52 (GIVALDO ZEFERINO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Prezado Caio Vinicius,

Já crescido, descobri uma voz que brotava lá do meu íntimo. Essa voz insistia para que eu lhe desse ouvido e me acompanhava aguardando a ocasião propícia para iniciar o discurso, à medida que eu me entranhava apavorado no meio da multidão na tentativa de afugentá-la.
Frequentemente me reunia com amigos, disposto a viver a vida de maneira desvairada sem medir as consequências dos meus atos insensatos, mas ela surgia quando eu menos esperava.
Na calada da noite, lá vinha ela alertar-me, chatear-me, comover-me, censurar-me; lá vinha ela dizer-me o que era certo, o que era errado, o que era bom, o que era ruim, lá vinha ela sugerir como eu deveria proceder, contudo eu me considerava o dono da verdade pensando que a dor não doía; fazia tudo o que me dava na telha, e ela se esgo-elava agitada para chamar minha atenção.
A esta altura, você poderá estar se questionando: de quem fala o meu amigo? Quem será essa mulher de quem tanto reclama? Eu respondo antes de me interrogar: Essa mulher não existe. Trata-se da voz de Ego, minha consciência, um ser que não consigo vislumbrar, um ser que reside no meu interior, que sempre quis o melhor para mim e que está sempre a meu lado em quaisquer circunstâncias.
Com o propósito de dirimir as dúvidas que, porventura, possam invadir o seu ponto de vista, esclareço que não estou a reclamar de minha consciência; estou sim a me la-mentar por ter depreciado a seriedade do contexto, por não ter dado a Ego a devida atenção.
Apesar de tudo, ainda hoje, ela permanece comigo; é ela que me alerta, me chateia, me comove, me culpa. Embora tardiamente, eu a escuto e, assim, consigo enxergar me-lhor as coisas belas da vida, a estupidez do comportamento humano, a imbecilidade dos incautos.
Desde essa época me conscientizei de que eu era muito importante no plano universal da criação, somente eu poderia alavancar meus ideais e tão somente eu detinha os mecanismos para tal. Eu era meu principal interlocutor. Comigo, eu planejava, analisava meu futuro e vivenciava minhas fantasias.
Mas ela nunca me abandonou. Somente ela me entendia.


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