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Contos-->UM COLÓQUIO -- 30/08/2009 - 11:35 (GIVALDO ZEFERINO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Aos dezoito anos, Said ingressou na Faculdade de Direito. Seus pais providenciaram a compra de um apartamento a fim de que dispusesse de um ambiente aconchegante para se acomodar na cidade grande.
Na universidade, diante de uma turma nova, sobressaiu-se perfeitamente bem, por seu dinamismo e desenvoltura no meio da estudantada. Gostava de fazer versos, e trazia gravado na memória um repertório de poemas de autores ilustres, que costumava declamar nas horas de recreio.
Era assim Said. Seu maior defeito, porém, se é que podia ser qualificado de defeito, era a forte atração que sentia pelo sexo oposto. Acercava qualquer mulher que lhe agradava sem se incomodar com alguma recusa, porquanto se comportava como cavalheiro, e a mulher abordada não se ofendia com seus galanteios, tornando-se, muitas vezes, sua amiga ou... Mais uma na cama.

Como, às vezes, temos inimigos ocultos, aqueles que buscam fazer-nos o mal, em surdina, outrossim, contamos com amigos ocultos que, em decorrência da timidez ou qualquer outro sentimento de humildade, conservam-se à distância. Este era o caso de Gaspar. Na Universidade, achava engraçadas as sutilezas de Said, aprovava seu temperamento comunicativo, porém, mantinha-se retraído. Fez o curso de Direito, incentivado pelo tio que ambicionava tê-lo à frente dos serviços jurídicos de sua empresa. Em breve, seria promovido a um cargo de chefia e, como tal, pretendia selecionar gente competente e de confiança. Convidou Said para participar da sua equipe de trabalho, e este aceitou a proposta de bom grado. Ambos estavam aptos a exercerem a profissão com eficiência.
– Gosto de pessoas felizes, dizia Gaspar, porque trazem consigo um monte de venturas que se espalham sobre quem está por perto.
– Você me julga feliz? inquiriu Said.
– Vê-se a felicidade estampada no seu rosto.
– Alguém já disse que a felicidade não existe; o que existe são momentos felizes. É isso. E a gente deve absorver esses momentos até a última gota. Situações depressivas e sombrias não me agradam. Acredito que, se estou bem comigo mesmo, irradio uma energia saudável. Se ao contrário, estou perturbado, minha energia é negativa. Esta energia negativa, por conseguinte, interferirá no bem-estar do meu próximo. Portanto, eu me prendo às pequenas coisas que propagam serenidade, paz e alegria, e me transformo no que sou.
– Eu quisera ser assim, mas não consigo. O meu pavio é curto demais, argumentou Gaspar.
– Então, cuide de esticá-lo, amigo! Said gracejou.
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