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O Arquipélago de Cabo Verde,que passaremos á noite,é composto de 10 ilhas e sete ilhotas;fica a oeste da África.Dizem que,em tempos bem remotos fez parte do deserto de Saara de quem roubou os mais belos Oasis.Situa-se a 500km. Da costa do Senegal e foi batizada no sec.XV pelos portugueses nas suas andanças conquistadoras pelos mares do Sul.Ha uma época apropriada para visitas,agosto,;a estação seca vai de outubro a julho,a chuvosa de agosto a setembro;há fortes ventos alísios em janeiro e fevereiro,meses preferidos pelos surfistas que lotam os inúmeros hotéis e as belas praias da Ilha do Sal.Ha um bom hotel,o Morabeza,situado em frente á praia.Instalações e pessoal 5 estrelas...A Ilha do Sal é árida e desértica;Sto. Antão é a mais tropical e a Brava é a mais bela,conhecida como Ilha das Flores:hibiscos,jasmineiros e bugueviles coloridos enchem-na de perfumes e cores.Nesta ilha começou a imigração,em pleno sec.XVIII,porem,o cabo-verdiano sempre volta a seu país de origem,principalmente no Carnaval,sua festa mais importante.Em Mindelo,uma cidade colonial e alegre,na Ilha de S. Vicente, onde tem o Carnaval mais famoso,os nativos se divertem cantando mornas,belas cantigas cheias de saudade e melancolia.Impossível deixar de ir á Ilha do Fogo com um impressionante vulcão ativo e paisagens incríveis;...e assim,de repente Cabo Verde pula dos livros de Historia,onde é um simples marco para o Tratado de Tordesilhas,(...terras á oeste de Cabo Verde seriam espanholas,;)e aparece com vida própria nos revelando sua própria historia.
Divido meu lugar favorito,no deck superior,com uns inquilinos que não foram chamados,nem esperados;chegaram sem cerimônia,se abancaram e estão
la curiosos,observando tudo e de vez em quando,beliscando as rações que foram colocadas para eles;são três pombos que devem ter se desviado de sua rota e encontraram abrigo neste navio; e cá estarão em paz,graças a uma tripulação compreensiva e amiga da natureza.Comeram o miolinho de pão na minha mão e foram devidamente fotografados para a posteridade.Ficamos amigos e eles até já tomam liberdades como a de pular nos meus joelhos ou bicar o dedo do meu pé.Criados á solta,livres e confiantes não receiam os homens.
Eles assistiram comigo a passagem por Cabo Verde e parecem dispostos a fazer um “tour”pela América do Sul sem lenço nem documento,sem relógio e sem patrão,como eu mesma.
