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Contos-->BERTIM E A IRMÃ CAÇULA -- 20/06/2008 - 23:44 (Adalberto Antonio de Lima) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
BERTIM E A IRMÃ CAÇULA





Dona Antônia era mãe de quatorze filhos; Bertim, o mais novo dos homens, e Wilzedir, das mulheres. Aos doze anos, foi morar em Picos com o irmão Diassis. Trabalhava no comércio e estudava. Nos primeiros anos, colégio das freiras e depois, à noite no Colégio Estadual Marcos Parente. Sua vocação para a literatura fora revelada ainda criança, quando fazia versos para agradar o pai.
Era um menino que ainda fazia xixi nas calças, mas ao sair do Rodeador, deixou meio hectare de mandioca consorciada com milho, plantados na serrinha e disse ao pai. O senhor pode aproveitar o legume que der em minha roça. Não sei quando vou voltar...
Na saída foi um choro de adeus... Sozinho abraçado a um pé de milho, passava as pequenas mãos sobre o cabelo das espigas, ao tempo em que as beijava e dizia para si mesmo: “até nunca mais”.
Menino de andar sozinho do trabalho para a escola, salvo uma vez ou outra que se fazia caminheiro com o primo Bolivar até à escola. Afora isso, era a rápida visita no intervalo do almoço ao amigo Zé Ivis, Pedim de Joaquim Pedro, Genival, Chico Sinhor e mais tarde, Gilson Chagas, e Antônio Bineta quando estes também se mudaram para Picos Moravam na casa de D. Raimunda de Quinel. Ali, o cafezinho era certo – essa lembrança, no entanto, remete a uma época posterior, já na adolescência, nas idas e vindas da igreja e dos botecos.
Mas então, Bertim fizera amizade com Dr. Ozildo, advogado e juiz aposentado que tinha uma vasta biblioteca. Tomava livros emprestados e se encantava com a musicalidade dos poemas de Casimiro de Abreu. Certo dia, abordado por Gilson Chagas e João Deusdete, fora-lhe perguntado: “ O que é simpatia?”. A resposta veio do conhecimento adquirido em Casimiro: “Simpatia é quase amor”. Os meninos ficaram boquiabertos, decerto haviam lido este autor e queriam fazer uma preleção... Contudo, Lobato é que lhe trouxera uma construção fraseológica que o impressionou bastante: Alguém em seus contos teria saído em expedição cinegética. Expedição cinegética? Como fazer para usar essa frase no dia-a-dia? Quando teria oportunidade de enfiar uma expedição cinegética nos ouvidos de Gilson Chagas, João Deusdete ou outro. Nunca tivera oportunidade com estes, mas eis que chega o momento de levar outro interlocutor a queimar neurônios.
- Wilzedir (9 anos) – Diassis foi caçar.Você fique aí na porta do armazém! Se alguém perguntar por ele, diga que saiu em expedição cinegética.
Não tardou muito e um freguês chamou lá fora! “ Diassis!” - Prontamente Wilzedir respondeu: “ Diassis saiu numa caçada cinegética”.



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