Usina de Letras
Usina de Letras
138 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62407 )

Cartas ( 21335)

Contos (13272)

Cordel (10452)

Cronicas (22546)

Discursos (3240)

Ensaios - (10448)

Erótico (13578)

Frases (50800)

Humor (20074)

Infantil (5487)

Infanto Juvenil (4810)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1377)

Poesias (140871)

Redação (3319)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2437)

Textos Jurídicos (1962)

Textos Religiosos/Sermões (6235)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Contos-->UMA HISTÓRIA DE AMOR * -- 21/01/2008 - 11:41 (Heleida Nobrega Metello) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Uma história de amor
(baseada em história real)






“Dinari levantou do banco, endireitando a jaqueta que usava e observou as pessoas fazendo suas caminhadas através da Av. Israel Pinheiro em Coromandel.

Seu pensamento estava longe, na garota que ele mais amava e que fazia parte de sua vida mesmo não a conhecendo fisicamente.

Ele procurou pela garota cujo coração ele conhecia, mas o rosto não; a garota com a rosa. Seu interesse por ela havia começado alguns meses antes, na Biblioteca Municipal de Coromandel.

Tirando o livro da estante, de nome “Ana e Pedro” ele se pegou intrigado, não com as palavras do livro, mas com as escritas feitas á lápis nas margens. A escrita suave refletia uma alma profunda e uma mente cheia de brilho. Mais na frente do livro, ele descobriu o nome de Cristina Gontijo que foi a primeira leitora do livro.

Com tempo e esforço ele localizou seu endereço. Ela vivia em Uberlândia, tinha ido para fazer faculdade. Ele escreveu a ela uma carta, apresentando-se e convidando-a corresponder-se com ele.

Corresponderam-se vários meses e eles ficavam cada vez mais íntimos.

Durante o ano seguinte, mês a mês eles desenvolveram o conhecimento um do outro através de suas cartas. Cada carta era uma semente caindo num coração fértil. Um romance de companheirismo.

Dinari pediu uma fotografia dela, mas ela recusou. Achava que não era importante. Ela queria que ele realmente se importasse com ela, não importando como ela era, ou sua aparência.

Finalmente chegou o dia em que eles marcaram seu primeiro encontro na praça Tubal Vilela em Uberlândia.

"Você me reconhecerá", ela escreveu, "pela rosa vermelha que estarei usando na lapela".

Então, ás 7:00hs da noite ele estava na praça, procurando por uma garota cujo coração ele amava, mas cuja face ele nunca havia visto.

"Uma jovem aproximou-se dele. Sua figura era alta e magra. Seus cabelos loiros caíam delicadamente sobre os seus ombros, seus olhos eram verdes como água.

Sua boca era pequena e seus lábios carnudos, e seu queixo tinha uma firmeza delicada. Seu traje verde pálido era como se a primavera tivesse chegado.

Ele se dirigiu a ela, inteiramente esquecido de perceber que ela não estava usando a rosa.

Como ele se moveu em sua direção, um pequeno, provocativo sorriso, curvou seus lábios. Indo para o mesmo lugar que ele, ela apenas murmurou.

Quase incontrolavelmente deu um passo pra junto dela, e então?

Levou um susto, a moça da rosa estava parada quase que exatamente atrás da garota.

Uma mulher já bem passada, com mais de 50 anos, ela tinha seus cabelos grisalhos enrolados num coque sobre um chapéu gasto.

Ela era mais que gorducha, seus pés compactos confiavam em sapatos de saltos baixos.

A garota de verde seguiu seu caminho rapidamente.

Ele se sentiu como se tivesse sido dividido em dois, tão forte era o seu desejo de seguí-la e tão profunda era o desejo por aquela mulher cujo espírito verdadeiramente lhe acompanhara e lhe sustentara através de todos as suas atribulações.

E então ela parou. Sua face pálida e gorda era delicada e sensível, seus olhos cinzas tinham um calor e simpatia cintilantes. Ele não hesitou.

Seus dedos seguravam a pequena e gasta capa de couro azul do livro que a identificou.

Isto podia não ser amor, mas poderia ser algo precioso, talvez mais que amor, uma amizade pela qual ele seria para sempre cheio de gratidão.

Ele inclinou seus ombros, á cumprimentou-a mostrando o livro para ela, ainda pensando, enquanto falava, na amargura do seu desapontamento.

"Sou o Dinari, e você deve ser a Cristina Gontijo. Estou muito feliz que tenha podido me encontrar. Posso lhe oferecer um jantar?"

O rosto da mulher abriu-se num tolerante sorriso. "Eu não sei o que está acontecendo", ela respondeu, "aquela jovem de vestido verde que acabou de passar me pediu para colocar esta rosa no casaco. E ela disse que se você me convidasse pra jantar ou me tratasse bem, eu deveria lhe dizer que ela está esperando por você no restaurante da esquina. E ela disse que isso era um tipo de "TESTE"!”

“Não parece difícil, compreender e admirar a sabedoria de Cristina Gontijo. A verdadeira natureza do coração de uma pessoa é vista na maneira como ela responde ao que não é atraente! E assim se percebe que o essencial é invisível para os olhos, para se ver bem é preciso olhar com o coração.”



*fonte: recebido por email







postado por Heleida Nobrega
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui