Como dizer do
Desengano,
Da ansiedade
Que carrega
Aquele que sente
Seu coração em
Chama…
Como deixar vir
O pranto, e só ter
Na memória o calor
Do olhar primeiro?
Não foi sonho, pois
Queima ainda em cada
Canto, o fogo da
Emoção...
Como gritar o clamor
Do corpo e da alma
Que de dor ardiam?
Como ter a certeza
De que não mais seria
Dona do rei nem da
Rainha?...
E viveram tanto
Esse amor amado,
Tantos amantes loucos,
Roucos a cantar
Encontros,
A chorar partidas,
Sempre deixando ao
Vento o som do
Encantamento.
Talvez não seja o conto
Tal sonho de donzela,
Mas trás dentro
Do peito a flor do que
Viveu a vida, e
Mesmo que perdido
Terá sempre consigo,
A saudade
Do mágico destino,
Mesmo ao saber do corte
Anunciando a morte...