Imagine que você é preso a alguma coisa. Qualquer coisa, mesmo que essa coisa seja livre. Agora você procura, pois, você é a procura. Depois viaje, você é fruto de uma relação, você é um esperma, que dá chute, esconde, corre e finalmente é fecundado. Então você flutua, começa a querer sair, sai pra ver o aborto e descobre o nascimento. Você tem medo e ansiedade, pois você agora é um astronauta. Tenta entender e não entende nada, mas você é a realização. Você sente frio, carência, tristeza e chora, mas de repente você vê um velho que pode ser o seu avô. Depois olha para o lado e vê seu pai, que pode ser o seu espelho. Sente a terra que é sua mãe e fica calmo, volta para o seu útero, encolhe as pernas, fecha os olhos e fica esperando a dia da sua existência.
Autor Marco Túlio de Souza
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