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Contos-->Sinfonia Pantaneira - 1ª -- 10/07/2005 - 21:08 (Clementino Ferreira Brites Filho) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Sinfonia Pantaneira -

A vida no Pantanal é intensa. No ar respira-se o aroma da fascinação e cada ser que ali vive é revestido da majestade do Criador.
Águas são preciosidades que se espalham, renovando vidas dentro daquele paraíso; gotas de chuvas são coroas reais que entronizam o chão, recobrindo-o de capim e as árvores são espadas. Altaneiras protetoras daquele santuário.
Rios caudalosos, riachos e lagos imperam aqui e acolá numa dança graciosa em meio ao verdor.
Aves e animais completam o quadro encantado daquele artista incansável que constrói, diariamente sua obra.
Corixuá é um lago. Desde o principio dos tempos os animais o consideram sagrado.
É voz corrente entre os bichos:
- Deus criou esse corixo antes das outras coisas e do seu barro todos foram moldados.
Ainda hoje, é a origem dos nascimentos – aves, cobras, borboletas, bichos grandes e pequenos... Ali todos bebem água...todos tomam banho...
Nesse lugar, também , nasceram: o vento, a chuva, o sol, o calor,as nuvens e a lua. Certamente, ali iniciou o mundo!
Naquela noite Corixuá curvava-se outra vez para homenagear a Mãe Natureza, repleto de pontos brilhantes, eram as estrelas refletidas em suas águas. Preparando-se em silêncio, a grande orquestra, o grande acontecimento.
A expectativa vai aumentando nas entrelinhas misteriosas da quietude, até que um brilho especial anuncia o esperado por todos! Vai começar a grande Sinfonia!
Todos se acomodam em seus lugares. Ninguém voou, nem se mexeu. Esperam os primeiros acordes. Seus componentes já estão a postos.
Os grilos aquietaram-se. Os macacos , salientes, calaram. Outro brilho carregado com as cores da natureza, inunda Corixuá. O vento serenou...Uma folha não caiu...Peixes e rios emudeceram, o tempo parece não passar...
Um pequeno grunhido! É o primeiro acorde...
E todos os acordes explodem ao mesmo instante. Vários, harmônicos e afinados.
As vozes dos habitantes daquele lugar unem-se em alegria e agradecimentos. Cantam àquela da dá a vida.
“Vida dai-nos, Ó Natureza!”
“Natureza, dai-nos a vida”
A onça pintada se manifesta estremecendo tudo. Grilo e gafanhotos, saltitam em algazarras.
No caraguatazal, as capivaras em manada estavam, ainda, silenciosas. Meditavam, talvez, o acontecimento de dar e receber vida.
Quando o dia amanhece, curicacas e biguás esvoaçavam alegremente e, do alto, o sol ilumina um pequeno alce-pantaneiro, ao lado de sua mãe, em desengonçado caminhar.
As novas criaturas nascidas durante a noite, estavam maravilhadas e cheias de curiosidade; animadas pelo espírito da preservação das espécies. Macaquinhos! jaburus! garças!. Coatis, marrecos, peixe e tartarugas! Filhote de onça-parda! E muito...Muito mais.
No chão, semente de angico e capim-pantaneiro abriram-se brotando, também, para a vida.
Ao longe se ouve um som berrante seguido de tropel, é a vida pantaneira!
E...assim.., a Sinfonia continua durante o dia.
Fim
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