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07/03/2003
Quando eu digo que tenho medo…
...é da cara que você faz, quando eu digo que tenho medo.
É medo de ter entendido tudo errado.
De não ter entendido nada.
É medo de não conhecer você.
De nunca ter conhecido.
Nem entendido.
É medo de que a mulher que eu amo não exista.
De que a Magrela que me beija (e que BEIJO) não seja você.
Uma “Coisa” criada só prá... não sei o que... fantasia ?
Sempre querendo entender.
Nunca satisfeito só com o que a vida me dá.
Sempre querendo mais.
Agora, se não for nada disso,
Só uma dedução:
PAIXÂO !
Não diga nada, deixe que eu descubro sozinho.
Coisa de menino, como o meu menino.
Aprender sem ajuda.
Assim, mais uma vez,
“Eu desisto !”
Mesmo sabendo que “não existe essa manhã que eu perseguia”.
Nem “um lugar que me dê trégua ou me sorria”.
Muito menos um alguém que viva só prá mim.
Eu quero, mesmo assim.
Como um barco,
Cheguei a pensar que “meu porto, meu destino, meu abrigo”.
Fossem “teu corpo amante, amigo, em minhas mãos”.
Mas o meu coração não é barco de cais.
É veleiro.
E veleiro quer vento, navegar.
Tempestade.
E, se tiver que ser, naufragar.
É coisa de ser mar.
Que seja.
Que venha.
Vou encarar.
Com medo, sem medo,
Eu agüento.
Esqueça você, se adiantar.
“E é por isso que eu preciso
De você, como eu preciso”.
Mesmo que seja prá afundar.
Sem saída.
Sem poder voltar.
Só prá, dentro do seu olhar,
Meio terra, meio mar,
Morrer de medo e de amar.
(sua benção,Taiguara)
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