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Cartas-->Carta a Fernando Henrique Cardoso -- 26/05/2001 - 00:56 (Vera Regina Arco e Flexa) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Sr. Fernando Henrique Cardoso

Tenho sido uma mulher como outras tantas: esposa, mãe, dona de casa e trabalhadora. Porém diante do que nos é exposto sobre o Brasil, resolvi que tudo o que tenho sido é muito pouco.... Quero, devo e vou exercer o sagrado direito de ser cidadã ! Não aquela cidadã, assim chamada, porque comparece às urnas a cada eleição e depois é traída por quem ajudou a eleger. Mas, uma cidadã que tem o DIREITO de se expressar de peito aberto
Sei bem que dificilmente poderia alcançar seu pedestal, pois uma carta enviada pelos meios tradicionais, certamente morreria nas lixeiras de seus assessores. Falar-lhe pessoalmente então, nem pensar! Não sou jogador de futebol, não sou nem a loira nem a morena do Tchan, não faço parte de dupla sertaneja, enfim, sou apenas uma brasileira... Todavia, Sr. Fernando Henrique, estou no rol dos privilegiados que podem se comunicar com o mundo todo, pelo mais democrático, rápido e eficaz meio de comunicação que é a Internet. Lê quem quer e não lê quem não quer , nada é imposto e, muito menos enfiado "goela a baixo" de quem quer se seja.
Como primeira providência, para o real exercício da cidadania, devo conhecer a pessoa que preside meu país. Não o profissional, o sociólogo, o professor, o político. Estou interessada em saber quem é o “ser humano” que dirige este país. À primeira vista me parece alguém com super poderes já que nem ao menos necessita do Congresso para aprovar suas leis. Quando as deseja vigorando de imediato, pula etapas e se torna a Lei, através de Medidas Provisórias, - em geral de caráter Permanente - desde que agradem os senhores todo poderosos da Dinastia Malan e subtraiam direitos assegurados aos cidadãos. Mas, como toda moeda tem dois lados, no momento desejo voltar minha atenção o cidadão que “está Presidente”
.
Para tanto necessário se faz dissocia-lo de seu posto. Assim, com a descontração necessária proponho que me aceite como sua “personal trainer” e após uma boa caminhada que nos servirá de aquecimento, respirando o ar marinho e aproveitando a tranquilidade do vai e vem das ondas partamos para os exercícios de alongamento e flexibilidade. Pronto para começar?

1º movimento - deitado com as mãos apoiadas no chão flexionemos os braços. Nessa posição, como eu, o Sr. Fernando Henrique terá a oportunidade de ver o rés do chão onde se encontram homens, mulheres, crianças e velhos que um dia tiveram os seus lares e hoje dormem à céu aberto; verá a dor de uma mãe desnutrida espremendo seus seios na tentativa de extrair algumas gotas de leite para seu filho que, de tão fraco, mal consegue sugar o quase nada; verá brasileirinhos disputando alimento nos lixões espalhados de norte a sul deste país, como se abutres fossem; verá meninas e adolescentes protituindo-se e depois descartando-se de seus filhos recém nascidos em latas de lixo e touceiras de mato, por não terem opção alguma: verá jovens, roubando e matando para adquirir algum tipo de “droga" que lhes aplaque a fome e lhes dê coragem para delinquir e para aceitar que este país não os deseja e não os ama.

Agora, em pé, respiremos fundo para oxigenar nossos pulmões com o dióxido de carbono de nossa atmosfera.

2º movimento - com as pernas afastadas, mãos na cintura, flexionemos o tronco para a direita e para a esquerda, Nesse movimento, como eu, o Sr. Fernando Henrique terá a oportunidade de ver, à direita, a dor dos velhinhos e velhinhas desamparados que trabalharam durante grande parte de suas vidas, mas que hoje são um estorvo para os cofres públicos porque ousaram viver mais do que a sobrevida calculada pelos tecnocratas do governo. A dor física ( da moral, nem é bom falar) está estampada em seus rostos macerados pelo tempo e pela dor que poderia ser amenizada por um medicamento que sua aposentadoria não pode comprar e que lhes foi, prescrita por um médico que, quando é encontrado no serviço público de saúde de um hospital, não tem ao menos um pedaço de gaze para um curativo. Esse médico é aquele jovem sonhador e idealista que estudou para salvar vidas e curar todos os males mas que o “sistema” transformou em um profissional desmotivado que “finge” que cura um paciente que “finge” que sara.... Dentre esses velhinhos e velhinhas encontramos os que, um dia, puderam pagar um plano particular de saúde mas que, agora, com a aposentaria defasada que têm, não conseguem mais pagar esse plano, pois as mensalidades são mais caras quanto maiores forem suas faixas etárias Viver muito, no Brasil, deve ser crime... À esquerda, como eu, o Sr Fernando Henrique inevitavelmente verá a indignação estampada na fisionomia de muitas mães especiais que necessitam de cuidados especiais para seus filhos especiais mas que só podem contar com o auxilio de entidades filantrópicas muitas vezes distantes milhares de quilômetros de suas casas. Verá, também, filas enormes de pais que desejam para seus filhos um destino melhor e que, por isso, passam dias aguardando o momento de matriculá-los nas escolas públicas a fim de receberem alguma instrução de professores desmotivados, descontentes com seus salários e defasados nos seus conhecimentos. Professores que, diariamente, são obrigados à verdadeiras maratonas, de uma escola para outra, muitas vezes em três períodos, para poderem viver com um mínimo de dignidade; professores que nem ao menos podem adquirir os livros de que necessitam para se manterem atualizados, professores que são ameaçados dentro de salas de aulas por alunos que, diante de tanta miséria, trocam seus pais biológicos por pais de rua, - traficantes que lhes suprem os vícios. Verá, também, aqueles poucos que conseguiram acumular invejável saber e que se sentem sufocados por falta de oportunidades. Estes, emigram, levando os cérebros inteligentes do Brasil para países que lhes reconhecem o valor e lhes permitem o acesso às pesquisas que visam o bem da Humanidade. Ainda nesse grupo, como eu, o Sr. Fernando Henrique verá o olhar desiludido de pais que lutaram como animais para verem seus filhos formados e que, hoje, com curso superior não conseguem colocação no mercado de trabalho pois a privatização tirou-o de seus postos para dá-los a estrangeiros, às vezes menos competentes.

Voltemos à posição inicial , respiremos mais um pouco de poluição e partamos para o

3o. Movimento - novamente com as pernas afastadas, mãos na cintura, façamos movimentos rotativos com o tronco, vergando a espinha, quando necessário. Que beleza ! Este é o exercício que nos dá a visão mais ampla da realidade. O Sr. Fernando Henrique, como eu, à primeira vista sente orgulho da Região Norte.... Quanta riqueza, quanta diversidade mas, - e sempre existe um mas... - quase que na sua totalidade explorada por estrangeiros que, por sua vez, exploram os pobres e desprotegidos brasileiros . Brasileiros que desolados vêem este gigante pela própria natureza ser espoliado e degradado. Brasileiros que diante e sobre tanta riqueza se tornam mais e mais famélicos. Sob todo o esplendor da Região podemos sentir a tristeza dos nossos índios, antes explorados e agora desprezados. Seres de uma cultura milenar inegualável que aos poucos foram cedendo à cultura dos brancos. E o branco, ladino que é, disse para eles que isso era muito bom, já que de incapazes e, portanto, merecedores de tutela, se tornariam aculturados, cidadãos ! Eles, crédulos, aceitaram o argumento e, o Brasil, está para lhes presentear com o Estatuto do Índio que se aprovado os deixará ao deus-dará... Verdade seja dita, há pouco tempo eles estiveram em alta porque foram necessários como figurantes dos festejos dos 500 anos. Pobres criaturas que conhecem cada erva medicinal daquela floresta e morrem contaminados por vírus transmitidos por brancos . Brancos daqui e do primeiro mundo, aqueles que levam suas ervas, a seu bel prazer e sem qualquer cerimônia, para depois de manipuladas serem exportadas a nós como matérias primas.... Nos olhares de nossos índios o retrato é da desesperança , desesperança que mantém a taxa de suicídios e alcoolismo em curva ascendente. Mas não são só os índios, temos também os seringueiros que sob essa mesma exuberante vegetação estão sendo dizimados. O Brasil que já dependeu do trabalho desses homens os condena à miséria porque não interessa ajudá-los com usinas que permitam o beneficiamento do latex que extraem.

Continuemos com nosso exercício e o Sr. Fernando Henrique, como eu, não poderá fechar os olhos para o maior flagelo brasileiro: o seco sertão do Nordeste que, como todo deserto, possui seus oásis, em geral, de propriedade de políticos ou poderosos. Nas épocas certas, um caminhão pipa, um poço cavado aqui e ali e a coronelismo nordestino se perpetua. Enquanto isso, a trágica notícia brasileira da existência da sede, da fome, e da desnutrição corre por esse mundo globalizado.. Imagens patéticas de mães, desesperançadas, servindo a seus filhos o que o gado muitas vezes rejeita, fornecendo coliformes fecais tirados diretamente de um açude agonizante, de água barrenta e no qual pessoas se banham ao mesmo tempo em que o gado urina. Mas, a despeito disso tudo, o magnânimo Brasil mostra, a todo o planeta, que o maior país da América Latina e a 8a. economia do mundo tem "cacife" para bancar um jogo de faz-de-conta, perdoando dívidas de outros países, mais pobres e necessitados do que o nosso... E então pergunta-se: como fica o princípio cristão "a caridade deve começar em nossa própria casa” ?

Cansado, Sr. Fernando Henrique? Só mais um pequeno esforço, e estaremos vislumbrando a Região Sudeste. Considerada a força motriz do país, outrora pujante, - até sede da República já foi - hoje tem seu parque industrial sucateado pelas altas taxas de juros impostas aos empresários, comércio fechando as portas por falta de poder aquisitivo do povo, desempregados aos milhares, agricultores perdendo o pouco que ganharam trabalhando de sol a sol, cidades inchando pela migração, favelas se multiplicando, a violência aumentando e a grande surpresa: a luz apagando!

Mais um pouco... continuando o movimento de rotação surge a Região Sul, de povo trabalhador, orgulhoso de seu chão e de suas tradições e tão desencantado a ponto de existir um grupo que deseja se tornar independente... do Brasil! Com mais algum esforço e temos a visão total ao Centro Oeste. Maravilhas como o Pantanal, Chapadas dos Guimarães e dos Veadeiros não conseguem esconder os mesmos problemas que afligem o Sudeste. Aqui, há agravantes como: fronteiras desprotegidas por onde tudo passa, contrabando, drogas, bandidos, armas clandestinas, carros roubados, desempregados, políticos em fuga etc. etc. etc.
Só mais um pouquinho... Estamos quase terminando Sr. Fernando Henrique! Veja! Avistamos o ...... Planalto Central! O paraíso! O grande sonho de Juscelino e a grande obra do arquiteto Niermeyer que, com a melhor das intenções, procurou pensar em tudo: um grande lago para umidificar o ar, belas mansões , apartamentos funcionais, a Catedral, a Praça dos Três Poderes e o Palácio do Governo sem esquecer a RAMPA MÄGICA que tem o poder de modificar os que a sobem. Nesse Paraíso residem senhoras e senhores perfumados que, dizem ser representantes do povo, e o povo, coitadinho, acredita.... Mas, como nenhum Paraíso pode existir impunemente, então surgiram as Cidades Satélites que nada mais são que um retrato em miniatura de todas as Regiões deste Brasil, tão amado e tão maltratado por seus governantes.

Parabéns , Sr. Fernando Henrique, executou os movimentos com maestria. Vamos, então, ao 4º e último movimento - relaxamento - com os braços soltos ao longo do corpo e a cabeça pendida sobre o peito busquemos o oxigênio que ainda existe para os que realmente desejam renovar suas energias. Uma, duas, três vezes... Pronto! Acabou...
Então, Sr. Fernando Henrique, sente-se bem? Confortável? Aceita uma água mineral? Essa aceleração cardíaca e esse aumento de pulsação são normais quando nos entregamos a esse tipo de exercício. Sentemo-nos um pouco pois, há muito, desejo fazer certos comentários com o senhor . Sabe, Sr. Fernando Henrique, gostaria de pensar que existem homens e mulheres com ideais, idéias e vocação para servir seus semelhantes e procurar amenizar toda a dor, sofrimento, desencanto e desesperança que vimos hoje nesse breve treinamento. Mas, meus cabelos brancos me ensinaram que, com raras e honrosas exceções, isso é utopia e que, na verdade, só estão disponíveis por aí criaturas oportunistas, inescrupulosas e egoístas que se servem de seus semelhantes para conseguir mandatos que lhes proporcionem imunidades - quer para acobertar erros do passado, quer para acobertar os erros que ainda irão cometer ou, ainda, nestes tempos de desemprego, por um bom salário e mordomias Acredite, Sr. Fernando Henrique, não consigo entender como homens e mulheres que se apresentam como candidatos a cargos eletivos, com o discurso de representar cada um de nós, ser a voz do povo e resguardar os interesses e a dignidade desse mesmo povo - muitos deles até com histórias de vida interessantes - depois de eleitos, aceitam servir de amortecedores entre a vontade do povo e as conveniências do governo. Não tenho certeza, mas parece que esse amortecedor tem a denominação de pelêgo, salvo algum engano. Aí vêm os “cientistas políticos” e dizem: a culpa é do povo que não sabe escolher seus representantes... Não é isso não, Sr. Fernando Henrique, é que depois de eleitos e empossados esses representantes se tornam criaturas carentes de personalidade, princípios e caráter. São capazes de qualquer barbaridade para fazer parte do clubinho chamado "bancada governista” ou “base de apoio ao governo" Parece que isso dá status embora muitos dele nunca venham a ocupar a tribuna para dizer um simples “bom dia”, de sua autoria. Me lembra até aquela brincadeira de criança - fará tudo o que seu mestre mandar?...Farei! E tem mais, em alguns casos, para não mostrarem suas "caras", votam por acordo de lideranças e, quando se trata de arrasar com o povo ou mostrar suas entranhas, o voto é secreto! Sim, Sr. Fernando Henrique, o senhor tem razão, toda a regra tem sua exceção... Alguns deles, realmente, desejam nos representar, falar por nós, lutar por nós, mas a turma do clubinho não dá chance... e o povo que se dane! Seria bom, Sr. Fernando Henrique, que alguém dissesse à esses senhores que o povo está acordando.... Que o tempo da enganação acabou... Que, hoje, as pessoas se comunicam via Internet e discutem a postura e a diferença existente entre os políticos sérios e dos paraquedistas de vôo claudicante. Poderemos até errar mais algumas vezes, mas posso garantir que serão bem menores os erros daqui para frente. Não queremos mais aqueles que depois de diplomados , perguntam: quem dá mais? Qual será “meu” Ministério? E quem der mais leva... leva nossa crença, leva nossa esperança e leva o Brasil de roldão. Queremos Legisladores compromissados com a nação e não meros figurantes mal comportados em plenários vergonhosamente vazios e desorganizados que mais parecem curso noturno de escola pública. Francamente, Sr. Fernando Henrique, aquela palavrinha "ORDEM" que vem escrita naquele pano verde e amarelo que ora serve de saída de praia, fantasia de carnaval, ou até mesmo de Bandeira Nacional, só encontrou "PROGRESSO" na destinação de seu uso. Tinhamos no Senado da República, tão aviltado pelo Executivo e por alguns de seus membros, a esperança de que não seriamos 160 milhões de orfãos pois são eles os mais afinados com os anseios populares e, até quanto podem, tentam corrigir as marotices dos sócios do clubinho...
Mas, como todos sabem, Deus é brasileiro e como bom brasileiro está tentando reorganizar o caos implantado neste País presenteando-nos com um Ministério Público digno dos maiores elogios. Lutar contra a vontade do Criador é bobagem! Querer calar os que ainda não foram corrompidos e têm ideais de justiça, de cidadania e muita coragem para enfrentar os donos do "puder" é querer comprar briga feia com a sociedade. E a sociedade quando quer e precisa se mobiliza, vai a luta... faz estragos Desculpe estar falando demais, Sr. Fernando Henrique, mas espero por essa oportunidade há quase 60 anos. O senhor deve estar curioso para saber como o classifico como político, não é? Minha intenção não é essa, minha intenção é, como disse no início, conhecer o ser humano Sr. Fernando Henrique Cardoso. Acontece que, como eu, o povo que o elegeu vislumbrou em sua postulação uma esperança, já que no passado o senhor defendeu minorias e lutou pela democracia. Quem agiu assim no passado, sem o poder nas mãos, eleito, seria antes de tudo um humanista... Mas agora, onde está aquele jovem que um dia no exílio sofreu a dor de estar longe de seu chão, de sua família, de sua gente? Sempre acreditei que se chega ao amor pela dor e à compreensão pelo sofrimento... Então, como justificar, neste momento, as atitudes - se não elitistas - certamente indiferentes do senhor? Há momentos em que sentimos que nosso cheiro de povo lhe causa náuseas, que sofremos de alguma doença contagiosa que força o senhor a se afastar cada vez mais da gente chamada comum. Teria o exílio transformado seus valores ou deixou de acreditar que somos todos iguais perante às leis? Como entender um homem que tendo vivido e criticado os tempos de ditadura, hoje comete atos ditatoriais como a supressão de direitos já consagrados? Ter vivido no primeiro mundo distorceu sua visão de justiça social e a restringiu, tão somente, aos que estão à altura de seus olhos? Sendo pai e avô, qual o Brasil que o senhor deseja legar a seus netos e aos netos de seus netos? E ao resto do resto da população, ou seja, nós, os brasileiros sem expressão e sem voz, o que nos espera ainda? Será que ao resto do resto da população brasileira, que acreditou no senhor e que o senhor jurou defender, deverá continuar rezando para que Deus seja mesmo brasileiro e para que São Pedro seja obediente e estejam, ambos, permanentemente de plantão? Sentimo-nos carentes de respeito, de proteção, de amor.... A população brasileira não quer paternalismo e muito menos ser castigado por falta que não cometeu! Queremos oportunidades, queremos cumplicidade, queremos nossa dignidade de volta! Devolva, Sr. Fernando Henrique, a vontade de viver ao brasileiro! Não nos negue esse direito porque, ao contrário de seus netos e dos netos de seus netos, não podemos correr para o aeroporto mais próximo e partir rumo ao primeiro mundo onde seriamos bem nutridos, bem educados e onde poderíamos perpetuar nossa espécie... Que fique bem claro que, em momento algum, imputo todas as mazelas do Brasil ao senhor. Foram muitos os que já estiveram no lugar que o senhor ocupa agora e que, por acumularem erros sobre erros fizeram do Brasil o arremedo de pátria que ele é hoje. Jamais esqueça que os Presidentes de uma Nação entram para História por seus feitos ou mal feitos. Respeite este chão abençoado, reverencie esta PATRIA AMADA não permitindo que continue DEITADA ETERNAMENTE EM BERÇO EXPLÊNDIDO e, sobretudo, evite que o POVO se faça ouvir através de um BRADO HERÖICO E RETUMBANTE.
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