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Cartas-->RESPOSTA AO "REFLEXÕES OU DELÍRIOS?" -- 14/09/2002 - 01:10 (medeiros braga) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O seu trabalho "Reflexões ou Delírios" bate com o que escreví e o intitulei "Até Quando?" Você fala sobre as mesmas cadeiras na calçada a que me referi. Você se preocupa, mas, também faz alguma coisa. É como se estivesse seguindo à risca o provérbio que diz que "é preferível acender uma vela do que maldizer a escuridão." É como se quisesse nos dizer que não podemos continuar choramingando ao canto de uma sala e a lamentar o mundo. De minha parte, gostaria de afirmar que, no que pese a idade, ainda acredito em sonhos. As contradições não me arrefeceram. A minha visão de que um mundo melhor está próximo, não me põe dúvida. Hoje, já são muitos os jovens que pensam com maturidade. A juventude cresce em consciência política. E isso é o resultado de um trabalho desenvolvido a partir dos ensinamentos de grandes poetas, políticos e pensadores. São os grãos da semente por eles plantada. Eles estão discutindo esse projeto em grupo, em plenárias, em praça pública.
Quem escreve deve colocar a sua pena a serviço do povo. Feliz de quem tem, como diria Drumont, "duas mãos e o pensamento do mundo". Castro Alves, se referindo aos poetas, afirmava que "a poesia precisa ser o arauto da liberdade; o brado ardente contra os usurpadores dos direitos do povo". Os versos educativos, conscientizadores, revolucionários de um Maiakovski, Bertholt Brecht, Castro Alves, Neruda, entre outros, produziram reflexões extraordinárias. O mal não prevalecerá sobre o bem. Nós ja estamos reagindo bem antes de tentarem arrancar-nos a voz à garganta. E se quisermos resultados urgentes, basta que consigamos descruzar os braços daqueles que poderão ser nossos aliados nessa luta. E, como naquela tarde de domingo a que me referi, as cadeiras lá estarão para um agradável bate-papo.
A propósito, envío um soneto de minha autoria:

O LAGO AZUL

Medeiros Braga


Como é possível alguém se deleitar
À grama verde de um lago celestino,
Ante o imenso circo, em desatino,
Com todo palco, em chama, a desabar?

Como pode ao silêncio do menino,
A quem faltaram pão, coberta e lar,
Alguém torcer o rosto... não escutar
As badaladas funerais do sino!?...

Há tempo para tudo. Só o desumano,
Só o espectro de gente, o miserável,
Pode furtar-se ao seu deleite insano!

Fazes em luta, hoje, o amor singelo!...
Que ao voltares, amanhã, à grama afável,
O lago azul encontrarás mais belo!


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