O GOL QUE NÃO FOI FEITO
(por Domingos Oliveira Medeiros)
O time de FHC, Fernando Henrique Futebol Clube, no primeiro jogo decisivo contra a equipe do CCO – Clube do Crime Organizado, jogando no Espírito Santo, na casa do adversário, no último dia quatro, fez uma bela partida. Conseguiu uma vitória parcial, que deixou os torcedores bem animados e esperançosos de que o FHC Futebol Clube pudesse vencer a segunda e última partida, posteriormente realizada em Brasília, quebrando a invencibilidade do CCO, que há tempos não perde para os chamados times oficiais, da União, dos Estados e dos Municípios.
E a vitória da equipe do FHC não ficaria restrita apenas à boa atuação em campo. Ela iria se consolidar em Brasília, junto ao STF, tão logo fossem apuradas as denúncias de que autoridades daquele Estado estariam favorecendo o time do Crime Organizado, por conta de atos de corrupção, injúria e calúnia, além de prática de homicídios, como forma de intimidar seus adversários. Denúncias que partiram da OAB-ES, time dos advogados daquele Estado.
Com base nas denúncias, a equipe do FHC convocou uma reunião com os jogadores, entre os quais o Brindeiro e com o juiz da partida, o Miguel Reale, o Juninho, para analisar as denúncias. Na reunião, ficou decidido que seria encaminhado ao STF o pedido de intervenção no Estado do Espírito Santo, para fins de apuração e garantia da lisura que se fazia necessária para o segundo e último jogo. Mas, logo em seguida, abandonaram a idéia de apurar as denúncias e resolveram que a partida seria decidida em campo.
Quem vem acompanhando o campeonato do não gostou nem um pouco do segundo jogo. O jogo começou apático. Os jogadores, que antes pareciam motivados, passaram a arrastar-se em campo. Num dos lances, o Fernando pega a bola, dribla toda a defesa, e coloca o jogador Brindeiro cara-a-cara com o goleiro. Era só dá um toque e correr para o abraço. A torcida, formada, na sua maioria, por integrantes dos Direitos Humanos, chegou a ficar de pé, esperando a hora final do lance. Mas logo engoliram em seco. O Brindeiro chutou para fora, engavetando mais essa chance, que poderia ser a vitória contra o Crime Organizado.
O juiz da partida, Miguel Reale Jr., o Juninho, não gostou nada da atitude do jogador Brindeiro. Disse que ele deixou de fazer o gol de propósito. Que estava sendo desleal para com o esporte e para com a torcida. E resolveu bater-boca com o jogador. O presidente do FHC Futebol Clube não se manifestou a respeito. E o juiz da partida, sentido-se desprestigiado, pediu demissão do cargo, levando mais três bandeirinhas com ele. O mais esquisito de tudo isso é que o governador do Espírito Santo veio à Brasília agradecer o bom futebol do Brindeiro. Que dá para desconfiar, isso dá!....