A frase não é minha. Mas nela há uma ironia, com um pouco de humor. Significa dizer que enquanto uma pessoa pensa que lidera outras novecentas, estas novecentas preferem correr atrás das mulheres, que, convenhamos, é bem melhor do que seguir uma liderança masculina.
Quanto ao seu artigo em Ensaios, apesar de achar o título inadequado, devo dizer que encaminhei, via email, a resposta. Como você insiste no assunto, creio que não tenha recebido as explicações. Em todo o caso, deve dizer que não desacredito na ciência. Mas, como qualquer cidadão, ponho minhas barbas de molho. O mundo também já foi plano, segundo os cientistas, lembra-se? Depois provaram que é redondo, certo? A Teoria da Relatividade foi superada pela Teoria Quântica, e assim por diante. Mas este não é o cerne da questão.
Com relação ao meu texto, “Ateus acreditam em cada coisa” , eu quis apenas realçar que é muito mais fácil acreditar num fato ocorrido há dois mil anos, do que há 30 milhões de anos. E tem gente, que apesar de não ser cientista, acredita na teoria do carbono. Mesmo que a teoria seja verdadeira, quem não conhece a fundo os seus fundamentos não deveria acreditar nas suas afirmações. Não sei se é o seu caso. Mas qualquer pessoa, ateu ou agnóstico, e mesmo analfabeta, acredita na teoria do carbono, só porque foi elaborada por um cientista. No caso da existência de Deus, que há muito mais indícios de veracidade, o ateu costuma desacreditar de pronto, sem apresentar razões para tal. Você interpretou o contexto de forma errada. Resumindo: acredito, com reservas em relação à precisão do tempo, na teoria do carbono. Acredito em Deus, sem qualquer reserva. Não vejo incompatibilidade entre a ciência e a religião. São dois campos distintos. Abraços. Domingos..25 abril 2002