Não devias ter morrido assim, poeta!
Não devias,
Não assim de amor, de paixão
Oh, não!
Devias ter pedido socorro à rosa
À rima, à prosa
Oh, devias!
Devias, poeta!!
Poeta não morre assim, de amor
Num dia de domingo, não morre!
Talvez de sol, talvez.
Poeta foge,
Inventa o amor outra vez
Inventa esconderijos, corre.
Poeta não morre
Num dia de domingo,
De amor, não morre!
Talvez até houvesse um barco
À tua espera num cais, talvez.
Talvez algures ainda houvesse...
Talvez, talvez, poeta!