Ao amigo DANIEL FIUZA. Evidente que fiquei muito satisfeito com o seu patrocínio. Apenas não teci, há mais tempo, comentários de público, porque considero a medida muito natural para quem já mostrou seu talento, muito antes de qualquer patrocínio. E o faço agora porque considero algumas críticas que estariam sendo atribuídas a sua pessoa, mais do que injustas. Críticas, aliás, que resvalam na própria cultura brasileira, a arte do cordel, que deveria merecer, por parte de todos os brasileiros, maior respeito e consideração. Infelizmente, por falta de conhecimento ou de capacidade, algumas pessoas tendem a valorizar o que é de fora. Resquício provável da época da colonização. Estou com você e com o MESTRE EGÍDIO. São dois brasileiros autênticos e muito capazes. Meu pai era nordestino, mestre de alfaiataria, músico e poeta. Tocava, muito bem, violão, trombone e clarineta. Chegou a ser convidado para compor a orquestra de Severino Araújo. Pertencia ao Partido Comunista, na época de sua clandestinidade. Era bom de poesia e de versos. E por isso eu aprendi a diferenciar o que é um verso bom de um sem valor. Ao contrário de muita gente por essas bandas que fala do que não sabe.
