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Cartas-->Para vovô e vovó -- 11/01/2001 - 13:51 (Maria Clara de Mendonça Vieira e Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Parece que foi ontem.
Ainda podemos sentir o cheiro da casa de vocês: uma mistura de cigarro, lavanda, banana assada, comida gostosa.
Parece que foi ontem que estávamos, vovô, em seu gabinete, rindo, conversando, lanchando, nem imáginávamos que toda essa alegria estava tão perto de acabar, se soubéssemos, teríamos rido mais, ficado mais com vocês, pra nós, tudo aquilo iria durar muito tempo, talvez, quem sabe, iria durar para sempre.
Velhas histórias, almoços em família, longos debates sobre os mais variados assuntos. Lembra vovô, você não podia nem falar, porque ninguém tinha paciência de esperar por sua reflexão, e aí, outra pessoa tomava a frente. Ainda podemos ouvir seu riso, o seu jeito de ficar sentado com o cigarro na mão, as pernas cruzadas olhando para a varanda, aquele olhar tão saudoso, pensativo, curtindo a presença do passarinho que tomava banho na cesta de planta. Onde estará agora aquele passarinho? Quem sabe na casa de outros avós, fazendo a alegria de outra família?
Parece que foi ontem vovó, que você perguntava se a gente queria biscoito, refrigerante. Que contava os costumes do Pará, cantigas de sua infância, recordando toda uma vida. Que ficava brincando com o cabelo assanhado de vovô, um mico-leão, segundo você mesma. O terço preto na mão, a cadeira de balanço branca...
Era uma satisfação o fato de simplesmente estar naquela casa, tínhamos certeza de que vocês estariam sempre lá. Era só esperar pelo próximo domingo.
Todo aquele amor ainda mora em nós, seus netos, e ficará conosco para sempre, como sendo a mais doce lembrança que uma criança pode carregar dentro de si por toda a vida: vovô e vovó.
Saudades, muitas saudades!
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