O fantasma da crise, que já possui cadeira cativa no noticiário da imprensa, tem suas raízes assentadas em causas que remontam ao descobrimento do Brasil.
Tantas são as vezes em que ele aparece, que já não mais assombra os brasileiros, que, aliás, até se divertem com suas aparições periódicas.
A começar pela inflação, cujas causas e conseqüências vêm sendo explicadas no bojo de vários planos econômicos, de todos os matizes e estilos monetários e ortodoxos já experimentados, no afã de debelá-la, num tiroteio semântico, que ora explica, mas não justifica, ora atira e não acerta.
De tudo já se tentou, e, a exemplo do rabo da lagartixa, a inflação continua viva, quando já parecia morta e em pedaços.
O problema já foi identificado como sendo de cunho cultural, de ordem econômica e essencialmente de ordem política. A solução, no entanto...
Parece que a alternativa é mesmo histórica: contratar um bom marceneiro, construir três caravelas e, mar a dentro, rumo ao caminho das Índias, redescobrir o Brasil. E procurar fazer tudo de novo. De preferência ao contrário, para evitar reincidência de erros. Exceção apenas à primeira missa, que deverá ser rezada nos mesmos moldes, e com a mesma fé, pedindo a Deus - nosso conterrâneo –, proteção ao País que, tudo indica, continua sendo do futuro.