Amo-te... sem explicação, sem complicação, sem exposição, espontaneamente, assim simples, assim fácil, assim claro, sem jogo, sem apelo, com verdade, sem contradição, sem cobrança, sem competição, com vontade.
Amo-te sem alarde, a toda hora, pela manhã, à noite ou à tarde, com ou sem inspiração, com a bandeira hasteada pelas veracidades do meu coração.
Amo sem gritar aos quatro ventos, espalhar aos quatro cantos, toda minha devoção
porque meu amor não precisa de versos falsos, nem de aplausos ou comprovação tampouco de verbos descalços. Amo-te coerentemente...com naturalidade, assim como com naturalidade respiro, assim como naturalmente meus olhos piscam, como voluntarioso pulsa meu coração.
Amo-te com um sentimento sólido, que nasceu sadio, brotou fruto maduro, chegou pronto, despertou completo, forte e seguro.
Amo-te com a mesma certeza de que o tempo passa, o envelhecer me embaraça, a morte me ameaça, o bom senso me amordaça e a vida muitas vezes me maltrata.
Amo-te com a delicadeza dos movimentos de um cisne; a qualidade da coragem dos destemidos; a força extrema dos fortes e a convicção de que, saber do meu amor, só a ti interessa...
Amo-te tal qual me amas ou tal qual suponho...