Cartas,
Querido, não sei o que se passa nessa pensante cabecinha ; tão cheia de ternura e sabedoria; bem sei! Às vezes escondida por receio do que o mundo pensa e não você. Sabe querido, antes o correio era o único meio; demorava e às vezes nem chegava. Tudo era difícil! O idioma, a distância....nem sabia se minhas cartas eram lidas. Hoje se as escrevo, sei que não só você, mas o mundo pode ler; que não me importo: com ele, o mundo. São ridículas sim, se não fosse; não seria carta de amor. Assim como as outras dos velhos cadernos amareladas pelo tempo, foram elas que me fizeram sentir ainda mais humana; quando amei e Amo.