Muito grato, Heleonora. Quanta saudade! Infelizmente, eu não conhecia a composição. Extremamente real. Vale a pena ouvir e reouvir mais de uma vez.
Sua carta, de 12/10/2014, atenciosa e meiga, deixou-me sensibilizado no Dia das Crianças.
Eu sou feita de madeira,
Madeira, matéria morta,
Mas não há coisa no mundo
Mais viva do que uma porta.
Eu abro devagarinho
Pra passar o menininho.
Eu abro bem com cuidado
Pra passar o namorado.
Eu abro bem prazenteira
Pra passar a cozinheira.
Eu abro de supetão
Pra passar o capitão.
Só não abro pra essa gente
Que diz (a mim bem me importa...)
Que se uma pessoa é burra
É burra como uma porta.
Eu sou muito inteligente!
Eu fecho a frente da casa,
Fecho a frente do quartel,
Fecho tudo neste mundo;
Só vivo aberta no céu!