Ah! não me deixem desacreditar de vez da única esperança que alimentei.
Ah! Os homens! Frágeis, "insignificantes",
com "tanto poder" nas mãos mesmo que passageiros.
Já sou árvore corroída, quase tombada, destruída, mas,
ainda dona de uma força estranha que me empurra pra
cima, que me faz enfrentar víboras,
deuses encarnados em matrizes destruidoras.
O Diabo é um Deus em seu poder e seus múltiplos clonados,
espalhados pelo mundo.
Palco sagrado desta união-disputa, entre Deus e o Diabo.
É o resultado de um mundo mutilado,
onde as maldades quando cobradas são revidadas com destruição em dobro,
como se fosse cordeiros e na verdade são lobos.
Deixem-me crer que ainda existe Deus; este Ser bondoso,
fiel em quem posso confiar.
Me deixem crer que vivo num País, num Estado de Direito,
com a Lei Suprema sendo obedecida,
ou me tirem a única fonte que me ilude,
entre a maldade e o lúdico. Minha mente.
Me tornem louca, porque só eles não sentem a maldade
que vai na alma da gente.
24.11.2001 (Ana Zélia)
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