Ref.: "O homem que mandava lembranças" (CB, 20/04/08, Cidades, p. 34).
Ao jornalista Marcelo Abreu, da Equipe do Correio
Prezado Marcelo Abreu:
Conforme já lhe disse muitas vezes, leio sempre suas matérias. Faço invariavelmente alguns versos alusivos ao conteúdo e publico no Usina de Letras. Às vezes não comunico a você para não superlotar mais sua Caixa de Entrada.
Entretanto, o toque profundo e melancólico da de hoje levou-me aos primórdios da Cidade Livre (Atual Núcleo bandeirante), onde passei alguns anos de minha semi-infância/adolescência.
Com Carteira Profissional assinada, eu não cobrava pelos escritos, poucos, que fazia mais para ajudar operários que freqüentavam, nos domingos, o comércio em que eu trabalhava.
O Sr. José Lineu era mais profissional. Também pudera! Ginásio concluído. Desse tempo, saudade e agradecimentos.
Brasília faz 48 anos. Linda e promissora. E eu, ao seu lado, com mais de meio século, aqui estabelecido, transmito-lhe toda a minha gratidão e um beijo carinhoso.
Como não podia deixar de ser, fiz mais uma sextilha, que divulguei no Usina de Letras:
Quinhoeiro (*)
Ex-escrevedor de cartas,
Antes que o meu peito partas,
Relembro-me: -- já fiz isso!
Primário completo. Afoito.
Treze anos. Cinqüenta e oito.
Escrevi sem compromisso.
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(*) "O homem que mandava lembranças" (CB, 20/04/2008, Cidades, p. 34).